Edição 354Julho 2024
Sábado, 27 De Julho De 2024
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Publicado na Edição 326 Março 2022

Carta a Putin

Luiz Carlos Ferraz

Assim como as bruxas, que embora desacreditadas, existem, o diabo, citado na Bíblia e mui celebrado pelos exorcistas, também deve ter considerada sua existência. Se alguém neste planeta ainda tem dúvidas sobre isso, basta acompanhar a guerra que o Sr. retomou em 24 de fevereiro passado e atentar para a estratégia maligna neste Teatro, presidente Vladimir Vladimirovitch Putin. Julgo importante considerar, no entanto, que apesar de sua notoriedade como ex-agente do serviço secreto soviético, a KGB, suas recentes ações nada têm de clandestinas. Muito pelo contrário, elas não deixam dúvidas sobre sua pretensão de arrasar a irmã Ucrânia – que até 1991 era uma das 15 repúblicas que formavam a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Uma independência que sempre lhe incomodou, especialmente pela aproximação dela com as potências ocidentais. Em face à sua loucura (?), Sr. Putin, líderes de todo o mundo estão perplexos e temem a ameaça de um conflito nuclear. Eles repudiam seu desatino, que subverte a atual e quer recriar uma nova ordem internacional, mas respondem com embargos econômicos, no mínimo, hipócritas – para não dizer covardes! Afinal, seria plausível dar uma resposta à altura de sua insanidade, que revela confusão entre ambição e loucura. A loucura há de merecer tratamento médico, mas este talvez não seja o caso. O mundo está sim diante do capiroto e a tática adotada é a resistência. Resistir aos ataques raivosos de suas tropas, que não se importam com a dor da população civil, especialmente crianças e idosos, obrigada a se refugiar em outros países ou se submeter aos bombardeios diários, assustada em porões e estações de metrô superlotados. Resistir ao terror, que destrói os equipamentos urbanos das cidades ucranianas. Resistir, apenas… Até quando? O mundo quer paz, Sr. Vladimir Putin.

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