Edição 358 Novembro 2024
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Segunda, 02 De Dezembro De 2024
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Publicado na Edição 315 Abril 2021

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Redução nas cirurgias de catarata

É ideal operar quando os óculos já não oferecem correção satisfatória

Redução nas cirurgias de catarata

O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier (IPB), afirma que a redução no número de cirurgias de catarata no Brasil é preocupante, o que pode causar outros problemas de saúde. Ele se baseia em levantamento do DataSUS, que aponta que de 2019 para 2020 o número anual no Brasil caiu cerca de 38%, passando de 576 mil para 357,8 mil operações.

Surgem no país cerca de 120 mil novos casos de catarata ao ano. O último levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), do qual Leôncio faz parte, mostra que hoje a catarata rouba a visão de 769 mil brasileiros. São 49% dos 1,57 milhão que não enxergam. Por aqui, a perda da visão decorrente da catarata está acima dos 45% que ocorre no restante do mundo, conforme pesquisa publicada na revista científica, The Lancet.

O especialista afirma que muitos pacientes são diagnosticados durante uma consulta de rotina quando ainda não percebem a doença: “Por isso nem sempre é necessário passar pela cirurgia, único tratamento, logo após o diagnóstico”. O ideal é operar quando os óculos já não oferecem correção satisfatória e por isso a visão começa atrapalhar atividades rotineiras como ler, dirigir, acompanhar aulas, palestras ou reuniões online.

A catarata senil é caracterizada pela perda progressiva da flexibilidade e transparência do cristalino, lente transparente que fica atrás da íris, parte colorida do olho. O embaço dificulta a penetração da luz e a visão nítida conforme envelhecemos. Os sinais que indicam a catarata são: mudança frequente do grau dos óculos, perda da visão de contraste, dificuldade para dirigir à noite ou enxergar em ambientes escuros, visão dupla em um dos olhos, enxergar halos ao redor da luz, ofuscamento (fotofobia) em ambientes ensolarados ou bem iluminados.

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