Fonoterapia após internação
Na esteira das complicações pós-Covid-19 diversas especialidades médicas passaram a olhar para outros problemas gerados, entre os quais, os relacionados à voz, em decorrência do processo de intubação muitas vezes necessário ao tratamento. Segundo a fonoaudióloga Bruna Rainho Rocha, do Hospital Paulista, na capital, sete dias de intubação podem ser suficientes para gerar complicações relacionadas à laringe.
A rouquidão é sintoma mais frequentes após a intubação do paciente e costuma ser temporária. Mas, há situações graves, que podem gerar fraqueza na voz. “As pregas vocais ficam localizadas na laringe, por onde passa o tubo orotraqueal para a intubação. A laringe é muito sensível e pode ser comprometida por inúmeras causas, desde trauma, por uma intubação de emergência ou de difícil exposição, até por um tempo longo de permanência da cânula em contato com a mucosa da laringe”. Para pacientes que passaram muito tempo intubados é indicada a fonoterapia para adequação da qualidade vocal. Nestes casos, é importante recorrer inicialmente a um otorrinolaringologista, que realizará o diagnóstico do problema e o fonoaudiólogo definirá a melhor conduta para cada caso.
Outro problema é a fadiga vocal, com prejuízos na fala, devido ao uso de máscara – necessária desde o início da pandemia. “As máscaras de proteção contra doenças podem atenuar o som da fala em até 12 decibéis, dependendo do tipo”.