Ansiedade após a segunda dose
Analisando a ansiedade do idoso em ter a vida normalizada depois da aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19, a psicóloga Daniela Bernardes, do Residencial Club Leger, na capital paulista, alerta a necessidade de ter bastante atenção à informação passada a estas pessoas. Como se sabe, a vacinação, por si só, não garante o retorno ao convívio com parentes e amigos. Assim, cuidados sanitários e afastamento social continuam sendo fundamentais neste processo.
“Primeiramente devemos compreender que somos seres ‘imediatistas’, temos enorme dificuldade de aceitar que ações presentes irão demorar para o efeito futuro desejado, fator esse que necessita de atenção redobrada quando se está cotidianamente em contato com idosos”, pondera Daniela, ao detalhar que o Residencial Club Leger realiza um trabalho junto aos seus hóspedes baseado na empatia e informações constantes a cada um dos moradores. O objetivo é que cada idoso consiga aceitar a situação, a partir de recursos emocionais próprios.
“Não basta dizer ao idoso que todos precisam seguir as regras obrigatoriamente, mas ouvir as angústias dele diante dessa nova realidade e validar o sofrimento desse período duro”, avalia a psicóloga, para quem individualizar o sofrimento pode ser uma estratégia em momentos de sofrimento coletivo, pois cada um sofre a seu modo: “Podemos identificar as reais necessidades de cada idoso e familiar envolvido nesse contexto desafior, em que todos nós estamos inseridos, e do qual sairemos melhores e mais resilientes”.