“Velhinhos” vão cair
Nelson Tucci
Do início da pandemia até aqui, os veículos usados e os seminovos (estes, geralmente até três anos de uso) tiveram uma supervalorização. O preço aumentou quase um terço do seu valor de mercado. Com o constante atraso na entrega de novos, em razão da falta de semicondutores e outros itens, o usado “pronta entrega” passou a ser a estrela do mercado. Mas esta realidade está mudando e os preços dos mais velhinhos está prestes a cair.
No Brasil, a média de aumento (desde 2020, início da pandemia) dos usados e seminovos chegou a 28%. Dependendo do modelo, Ford e Hyundai, por exemplo, ficaram perto de 20% mais caros, mas no caso da Fiat Strada (campeã de vendas) passou dos 50%. Um exagero, como nunca visto, mas… é a lei da oferta e procura.
Já nos Estados Unidos, a margem de aumento – no mesmo período – subiu na casa dos 42% (média), segundo relatório do JP Morgan Research. No mesmo estudo, aparece a expectativa de queda, para 2023, entre 10% e 20%.
Por aqui espera-se queda de 20%, já no primeiro bimestre de 23. Isto porque os novos estão voltando a suprir mercado e, também, as locadoras planejam substituir frotas (que ficaram reprimidas com a pandemia). De um total de 1,2 milhão de veículos rodando pelo país, as locadoras de automóveis deverão substituir 300 mil deles – o que, em se confirmando, ajudará a aumentar a oferta de usados que, aliada à quase normalização do fluxo de 0 km, jogará para baixo os preços dos velhinhos e semis…
Assim, se você pensa em um usado, ou seminovo, para agora, espere mais um pouquinho e realize a compra em fevereiro. Vai fazer melhor negócio.
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