Cresce alavancagem das vendas
Nelson Tucci
Sem medo de ser feliz, brasileiros vão atrás do seu automóvel – para contemplar necessidades ou satisfazer um sonho. Somente em setembro último, o volume de dinheiro liberado foi de R$ 15 bi, valor 8% acima daquele utilizado em igual período do ano passado. No mundo corporativo, alavancagem significa que você contrai dívida para expandir ou manter o operacional em condições de competição. Isto nem sempre é ruim, ao contrário. Alavancar uma empresa significa uma forma de capitalização para seguir em frente. É óbvio que tudo depende do “nível” de alavancagem (condições de empréstimo, como prazo, taxa etc.), até porque a corporação normalmente tem ativos que permitem lastrear as operações com alguma folga.
Já na pessoa física isto nem sempre ocorre. Não raras vezes, as pessoas contraem dívidas e “seja o que Deus quiser”. E Deus até quer, mas o mercado… bem, sigamos. O fato é que o país parece mais otimista com 2021 (o que é bom!), acreditando que o Brasil vira o jogo, gera empregos, cresce um monte, produz vacina contra a Covid-19 e, ainda, se classifica bem para a Copa do Qatar.
Voltando ao mercado automotivo, o consolidado de setembro apresentou exatos R$ 15,25 bilhões de recursos liberados para o financiamento de veículos. Maior que setembro de 2019 – como visto acima – e também maior 11,6% que agosto. Os dados são da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), apostando que o impulso verificado neste segundo semestre em relação ao primeiro, faz com que a posição de recuo/crescimento seja revista. Ao invés dos 22,6% de recuo no ano (em relação ao anterior, 2019), este carimbado 2020 deverá apresentar resultado negativo de “apenas” 11,8% no volume. E pelo estrago provocado pelo novo vírus, o “apenas” estará de bom tamanho.
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