Litoral Norte, além das belezas naturais
Ocupada desde o período pré-colonial por comunidades indígenas, a região que compreende o Litoral Norte de São Paulo teve grande importância no momento da chegada e ocupação dos portugueses, assim como toda a costa brasileira. Dessa forma, as cidades de Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba preservam resquícios históricos não só de costumes, como também de construções e aspectos culturais. Os traços da história, que se confundem com a formação do país, compõem um roteiro repleto de riquezas.
Em Bertioga, por exemplo, o Forte de São João, construído em 1547, é considerado o mais antigo do Brasil. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e candidata a Patrimônio Histórico Mundial pela Unesco, a fortaleza é aberta à visitação e conta com antigas armaduras e armas da esquadra portuguesa, fragmentos do livro de Hans Staden e salas temáticas com o acervo indígena como lanças, arcos, flechas, entre outros.
Em Caraguatatuba, um city tour histórico pode incluir pontos que revelam a história da cidade e da região, tais como: o Santuário Diocesano de Santo Antônio, finalizado em 1870, que está no centro da cidade tem sua tradicional festa no mês de junho; o Relógio do Sol, que foi construído em 1957 e representa o marco zero da cidade, tendo sua base constituída por granito e gnaisse bastante estirado.
Em Ilhabela, a secretária de Desenvolvimento Econômico e do Turismo, Luciane Leite, destaca a diversidade cultural que a ilha oferece aos visitantes: “Em Ilhabela o imaginário dos turistas é estimulado com a rica história, cultura caiçara, lendas e estórias de piratas e tesouros”.
São Sebastião destaca o prédio da atual Casa da Cultura, que foi construído no século XIX e abrigou a primeira escola pública da cidade.
Em Ubatuba, o patrimônio histórico envolve, entre outros edifícios, a Igreja da Exaltação à Santa Cruz, que foi construída na segunda metade do século XVIII; o Sobradão do Porto, erguido em 1846 pelo armador Manoel Baltazar da Cunha Fortes; e a Casa Thomaz Galhardo e antiga Câmara, do século XIX, antiga residência do professor Thomaz Galhardo, autor da primeira cartilha de alfabetização do Brasil.
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