Caminho verde, seguro e sustentável
O setor de viagens e turismo tem se organizando para uma retomada verde diante das perdas provocadas pela pandemia. Dados da Organização Mundial do Turismo (OMT) apontam uma queda de 65% nas viagens internacionais no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2019. O número equivale a 440 milhões de viajantes a menos e a um prejuízo de US$ 460 bilhões em arrecadação.
Para reverter esse quadro e criar uma indústria turística alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com o Acordo de Paris, a OMT elaborou um conjunto de diretrizes para que o setor trilhe um caminho verde, seguro e sustentável.
“A natureza cada vez mais estará no centro da atividade turística”, afirma o coordenador de Projetos Ambientais da Fundação Grupo Boticário, Emerson Oliveira: “O longo período de isolamento social provocado pela pandemia realçou a importância de valorizarmos e protegermos nossos ambientes naturais, que têm um papel importantíssimo para o bem-estar e a saúde das pessoas. O turismo em áreas naturais está entre as experiências que mais trazem segurança ao viajante neste cenário de Covid-19. São espaços abertos, com opções perto de casa e custos adaptáveis a diversos bolsos”.
Ele ressalta que qualquer atividade turística exige cuidados individuais para evitar aglomerações. A fundação tem apoiado iniciativas para o desenvolvimento do turismo de natureza no Brasil e mantém a Reserva Natural Salto Morato, no município de Guaraqueçaba/PR.
De acordo com a OMT, para que o setor turístico pós-pandemia consiga se alinhar a práticas mais sustentáveis de desenvolvimento é necessário observar seis linhas de ação: saúde pública, inclusão social, conservação da biodiversidade, ações para o clima, economia circular e governança e finanças. As recomendações da entidade favorecem modalidades de visitação que, quando feitas com responsabilidade, resultam em proteção do meio ambiente, geração de emprego e renda e inclusão.