Edição 365 Junho 2025
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Quinta, 17 De Julho De 2025
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Publicado na Edição 365 Junho 2025

Alerta para o câncer de mama nos pets

Alerta para o câncer de mama nos pets

Eduardo Ribeiro Filetti

A prevenção do câncer de mama em cachorros e gatos é uma das campanhas realizadas anualmente pela Clínica Veterinária Filetti e Pet Shop Bouticão. Em primeiro lugar é fundamental esclarecer que o câncer de mama não surge apenas em cadelas. Mesmo que a fêmea seja a principal atingida, o macho também pode sofrer com a doença, que surge, com mais frequência, em cachorros de 7 a 12 anos.

O câncer de mama atinge principalmente as cadelas de raça pura, enquanto a miscigenação presente nos cães sem raça definida diminui a chance de desenvolver a doença. A castração pode reduzir o risco de desenvolver câncer para até 0,5%. E é mito que se deve cruzar o cachorro caso não seja castrado. Estudos provam que não existe correlação da procriação com a diminuição da incidência do câncer de mama.

Castrar o animal é sinônimo de redução nas chances de desenvolvimento da doença. Por isso, o quanto antes o tutor decidir pela castração melhor será para o animal. O ideal e que ela tenha o primeiro cio para evitar problemas no futuro.

A maioria dos animais gosta de receber carinho na barriga. Este momento é bom para examinar cada mama (10 nas cadelas e de 8 a 10 nas gatas) e, sentindo qualquer alteração, procure imediatamente seu veterinário de confiança.

Os animais, quando estão com alguma doença, ficam acima de tudo quietos. Por isso, atenção nos seguintes sintomas: caroços, inchaços na mama e ao redor, desconforto abdominal, cheiro forte e desagradável nas secreções, perda de apetite, vômito e febre.

Normalmente, o tratamento para o câncer de mama é a remoção cirúrgica da mama afetada ou de toda a cadeia de mamas, como prevenção ou consequência de metástases. Posteriormente à cirurgia, de acordo com o tipo de câncer, pode ser necessário realizar quimioterapia e/ou radioterapia.

Com o avanço da oncologia veterinária, hoje a chance de cura é muito alta, principalmente se for diagnosticado em estágio inicial.

Eduardo Ribeiro Filetti é médico veterinário, professor universitário, mestre em saúde pública, membro das Academias Santistas e Praia Grandense de Letras.

Diretrizes para castração

O avanço das campanhas públicas de castração de cães e gatos no Brasil revela não só alta demanda, mas também grande responsabilidade. De acordo o SinPatinhas, sistema nacional de monitoramento do manejo populacional, já contabiliza mais de 650 mil animais cadastrados. Deste total, 52% foram castrados. O volume de atendimentos mostra a importância das campanhas e a urgência por parâmetros técnicos claros. Diante disso, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) alerta para as Diretrizes de Atuação para Responsabilidade Técnica em Programas, Campanhas e Mutirões de Esterilização Cirúrgica de Caninos e Felinos, instituídas pela Resolução CFMV nº 1.596/2024. O material está publicado em www.cfmv.gov.br e é acessível a todos os médicos-veterinários.

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