Trimestre fecha no azul para vendas e locações no estado de São Paulo
Pelo terceiro mês consecutivo, as vendas e locações de imóveis residenciais usados tiveram resultados positivos no estado de São Paulo. Segundo apurou pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de SP (CreciSP), houve aumento de 39,12% na quantidade de casas e apartamentos vendidos em julho, na comparação com o mês anterior. Em junho, elas já tinham crescido 18,68% e em abril/maio ficaram 28,81% maiores em relação a março. Com isso, o trimestre fechou no azul, contribuindo para a alta acumulada de 44,47% nas vendas ao longo dos sete primeiros meses do ano.
Nas locações, o cenário também foi bom. Em julho, o volume de novos contratos subiu 22,07% em relação a junho, quando havia sido 7,35% maior que o registrado em maio/abril, cujo crescimento foi de 21,02% na comparação com março. Mesmo com a pandemia, o acumulado de 2020 para os novos aluguéis somou 20,29%.
“As boas condições de negócios, certamente, influenciaram esse crescimento nas vendas de casas e apartamentos em todo o estado”, afirmou o presidente do CreciSP, José Augusto Viana Neto: “Enquanto tivemos 38,25% das negociações fechadas à vista, os financiamentos de bancos públicos e privados somaram 57,60% no período. Isso indica que os compradores estiveram dispostos e confiantes para assumirem esse compromisso de longo prazo, até por conta dos juros mais baixos e da possibilidade dada pela Caixa de se incluir taxas e impostos no financiamento do imóvel.”
A tendência de alta se confirmou em três das quatro regiões em que a pesquisa divide o estado: na capital (+45,86%); no interior (+73,60%) e no litoral (+50,24%). Somente na Grande SP (que inclui as cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Guarulhos e Osasco), o volume de vendas diminuiu 7,11% entre julho e junho.
O levantamento do Conselho foi feito com 909 imobiliárias em 37 cidades do estado. Os apartamentos lideraram as vendas com 55,99% da preferência. As casas ficaram com 44,01% dos negócios.
Os proprietários de imóveis das áreas nobres das cidades entrevistadas concederam descontos de 7,52% no fechamento dos negócios. Esse percentual é 20,76% inferior ao registrado em junho (9,49%). As casas e apartamentos das áreas centrais receberam abatimento de 9,50% no valor pedido inicialmente pela venda e os das demais regiões tiveram 7,97% de desconto nas negociações.
Imóveis até R$ 300 mil foram os mais vendidos, respondendo por 57,83% das transações.
Os imóveis de valores de aluguel até R$ 1 mil estiveram na preferência de 53,10% dos inquilinos.
Segundo a pesquisa, na comparação entre julho e junho, houve desconto nas locações em todas as quatro regiões do estado: capital (+17,35%); interior (+29,72%); litoral (+22,49%) e Grande SP (+13,27%).
O índice CreciSP, que mede a variação de preços de venda e aluguel de imóveis residenciais usados em todo o estado, apresentou variação positiva de 3,51% no período.
A inadimplência diminuiu em todo o estado. Em julho, o índice atingiu 7,03%, o que é 14,59% menor que os 8,23% registrados em junho.
O total de chaves devolvidas em julho superou em 8,60% o número de novos contratos assinados e 67,50% dessas devoluções foram por motivos financeiros.
A região central das cidades consultadas teve a preferência nas locações: 79,11% dos novos alugueis foram de casas e apartamentos localizados nessa área.
A pesquisa foi realizada em 37 cidades do estado: Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marília, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, São Vicente, Peruíbe, Praia Grande, Ubatuba, Guarujá, Mongaguá e Itanhaém.