Programas habitacionais permitem que jovens tenham acesso à casa própria
Diante do aumento no número de compradores de imóveis na faixa etária entre 25 e 35 anos, Paulo Antonio Kucher, vice-presidente comercial da Lyx Participações e Empreendimentos, avalia que a tendência é positiva e demonstra um amadurecimento precoce no que diz respeito à educação financeira: “Os jovens estão mais atentos à necessidade de construir um patrimônio e enxergam na compra do primeiro imóvel uma oportunidade de investimento seguro e de valorização a longo prazo”.
Entre 2021 e 2024, 51% das contratações do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foi realizada por jovens com idades entre 18 e 30 anos, de acordo com dados da Caixa Econômica Federal e do Ministério das Cidades. Ao todo, foram 782 mil contratos e um investimento de R$ 123 bilhões. Kucher afirma que esses números refletem a relevância do programa do Governo Federal na democratização do acesso à casa própria, especialmente entre os jovens.
Além disso, um levantamento da Brain Inteligência Estratégica, realizado no segundo trimestre de 2024, revelou que 52% dos entrevistados da Geração Z – pessoas entre 21 e 27 anos – manifestaram intenção de adquirir um imóvel nos próximos meses. “Esse dado reforça a tendência de que jovens adultos estão priorizando a compra de imóveis como forma de alcançar independência e segurança financeira”, analisa.
O executivo acrescenta que, além de garantir um lugar para chamar de seu, o comprador dessa faixa etária consegue aproveitar prazos de financiamento mais longos, com parcelas mais acessíveis. Outro ponto positivo é a oportunidade de planejar com calma os ajustes e personalizações no novo lar, adequando-o ao estilo de vida e às necessidades individuais.
Kucher ressalta que, ao começar cedo, é possível construir um histórico de crédito positivo e até mesmo se preparar para novos investimentos futuros: “Quanto mais cedo você inicia esse processo, maior é a sua capacidade de alavancar novos projetos no futuro, seja para ampliação de patrimônio ou até mesmo para diversificação de investimentos”.
Ele relacionou algumas dicas:
Planejamento financeiro. É importante que o futuro comprador faça uma análise de sua renda mensal, organize suas despesas e defina metas realistas para economizar o valor da entrada do imóvel.
Pesquisa. O segundo passo é comparar diferentes empreendimentos, avaliar localização, infraestrutura e potencial de valorização da região.
Benefícios e incentivos. Estar atento aos programas habitacionais dos governos federal, estadual e municipal pode ser o grande diferencial para efetivar a compra. Além do Minha Casa, Minha Vida, estados e municípios costumam oferecer outros incentivos que podem se acumular na hora da compra, tornando o investimento ainda mais acessível.
Imóveis na planta. Além de serem mais acessíveis, permitem que o futuro comprador se programe até a entrega das chaves.
Evitar dívidas desnecessárias. O adequado é que o futuro comprador priorize a quitação de compromissos financeiros antes de assumir um financiamento imobiliário.