Planeta Inseto comemora seis anos de atividades com espaços revitalizados
Qual é a sensação de estar no interior de uma colmeia? Como as pequeninas abelhas trabalham? O que fazer para manter um ambiente que atraia e estabeleça os polinizadores – indispensáveis para a produção de alimentos? Essas são algumas questões que o Planeta Inseto, exposição permanente do Museu do Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, tenta elucidar para seu público com a revitalização do Recanto das Abelhas e do jardim do Museu do IB.
A entrega das melhorias dos espaços acontece hoje. As obras foram realizadas pela Syngenta para comemorar os seis anos do espaço de divulgação científica. As melhorias envolvem a colocação de um piso 3D na sala temática das abelhas sem ferrão, a revitalização do jardim do Museu e a inserção de cinco esculturas de insetos gigantes, com um metro cada.
Com o piso 3D, os visitantes do Planeta Inseto poderão se sentir no interior de uma colmeia. “Essa sensação imersiva será possível por meio do uso de tecnologia gráfica. De forma lúdica e interativa será possível ensinar sobre como vivem as abelhas sem ferrão e a necessidade de preservação dos polinizadores e da biodiversidade”, afirma Harumi Hojo, pesquisadora do IB e responsável pelo Planeta Inseto.
A sala temática conta com tecnologia que permite visualizar, ao vivo, o interior de uma colmeia, quatro réplicas de abelhas sem ferrão das espécies Jataí, Iraí, Mandaçaia e Uruçu-Amarela, além de um vídeo que conta sobre a vida e a importância desses insetos.
Na parte externa do Museu, o jardim que abriga 11 colônias de abelha sem ferrão também foi revitalizado. O espaço foi pensado para atrair e fixar polinizadores. Para isso, foram utilizadas mais de 40 espécies de planta como amor-agarradinho, mini-ixora, helicônia, lantana e uma fonte de água. “Fizemos um jardim funcional para as abelhas. A ideia foi utilizar elementos que atraiam e forneçam alimentos para os polinizadores já existentes no espaço e as novos”, afirma Rafael Alexandre Ferreira, coordenador de segurança de produtos da Syngenta.
Foram instaladas no espaço réplicas de joaninha (fase larval e adulta), cupim, barata, besouro. “Essas esculturas chamam a atenção das crianças e servem para que elas vejam em tamanho expandido as características morfológicas dos insetos”, explica Harumi.
A parceria entre o Instituto Biológico e a Syngenta no Planta Inseto se iniciou em 2014, com o lançamento do Recanto das Abelhas. “Esta parceria é muito importante, pois permite fazer melhorias de forma mais dinâmica no Planeta Inseto. A Syngenta tem nos ajudado na divulgação da mostra e na criação de novos espaços para o público”, afirma Antonio Batista Filho, diretor-geral do IB. A Syngenta apoia ainda um projeto de pesquisa do IB com polinizadores no cafezal urbano do instituto. Os primeiros resultados da pesquisa mostram aumento de 35% da produção de café em decorrência da preservação dos polinizadores no local.
“O Planeta Inseto funciona para a Syngenta como um dos nossos pilares de biodiversidade e sustentabilidade. Com esses espaços, conseguimos cumprir parte de nossas metas de sustentabilidade, por isso, a importância desta parceria com o Instituto Biológico”, afirma Ferreira.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, o Planeta Inseto transfere conhecimento e diminui a distância entre as pesquisas realizadas pelo IB e o público em geral: “Esta é uma das diretrizes do governador Geraldo Alckmin”.
O público-alvo do Planeta Inseto é formado por crianças e adolescentes de quatro a 16 anos, mas a exposição recebe visitantes de todas as idades. Além das abelhas, o público pode ver baratas praticando corrida, lagartas tecendo fios de seda, formigas trabalhando em sistema organizado, bicho-pau, que se assemelha a gravetos e técnicas de controle biológico de pragas. Ao todo, são 25 atrações.
Em seis anos de atividade, o Planeta Inseto já recebeu mais de 300 mil pessoas em sua exposição fixa e nas mostras itinerantes. O objetivo é promover a educação ambiental e divulgação da ciência de forma lúdica e interativa. Assim, ao visitar o Planeta Inseto as pessoas conscientizam-se de como os insetos estão presentes no dia a dia e a importância deles para o meio ambiente, produção de alimentos e saúde humana. “Existem mais de um milhão de espécies de insetos conhecidos e acredita-se que haja mais outras sete milhões a serem descobertas. Eles representam mais da metade do nosso planeta. Apenas as formigas ocupam 15% do peso da Terra”, explica Batista Filho.
Para o diretor-geral do Instituto Biológico, a exposição é uma importante ferramenta de conscientização ambiental e divulgação científica. “A última pesquisa de percepção pública da ciência divulgada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia mostra que apesar de terem interesse em temas científicos, apenas 12% dos entrevistados disseram conhecer o nome de alguma instituição de pesquisa do País. Com o Planeta Inseto mostramos o que faz o IB e a importância de nosso trabalho para a sociedade”, afirma.
O Museu do Instituto Biológico está localizado na Av. Dr. Dante Pazzanese, 64, Vila Mariana. A visitação do Planeta Inseto é gratuita, de terça-feira a domingo, das 9 às 16 horas, com informações pelo telefone (11) 2613.9500 ou planetainseto@biologico.sp.gov.br