Pioneira, Santos apresenta Plano Municipal de Mudanças Climáticas
A Prefeitura de Santos apresentou ontem o Plano Municipal de Mudanças Climáticas de Santos (Pmmcs), que visa identificar os principais impactos decorrentes de alterações no clima da região. O estudo foi resultado de um ano de trabalho envolvendo várias secretarias e foca diferentes aspectos, como erosão costeira, danos eventuais de parte da infraestrutura urbana, interrupções de operações portuárias, prejuízos à mobilidade urbana e ao sistema de drenagem, aumento nas ações em áreas de risco, alterações nos ecossistemas naturais e aumento do nível do mar.
A apresentação aconteceu durante o seminário Soluções de Engenharia Imediatas e Definitivas para Proteção da Orla de Santos, no Teatro Guarany, no Centro Histórico. Santos é uma das primeiras cidades no país a criar um plano dessa natureza. Os estudos foram iniciados em dezembro de 2015, enquanto o Plano Nacional de Adaptações à Mudança Climática, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), surgiu em maio deste ano.
“É um pioneirismo e uma demonstração da qualificação da equipe técnica da Prefeitura”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Urbano e coordenador do Pmmcs, Nelson Gonçalves. A próxima etapa do Plano consiste em buscar um maior envolvimento da população, sociedade civil, ONGs e instituições com o tema, e enfatiza as seguintes recomendações:
. Viabilização de instrumentos econômicos, financeiros e fiscais para a promoção dos objetivos, diretrizes, metas, ações e programas
. Criação de uma Base de Dados sobre mudanças climáticas;
. Incentivo às iniciativas públicas e privadas para mitigação de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e adaptação às mudanças climáticas;
. Monitoramento de fatores de risco à saúde decorrentes das mudanças climáticas;
. Garantir participação da sociedade civil, ONG’s e Universidades nos processos consultivos e deliberativos relacionados à mudança do clima
. Criar metas de redução de emissão de GEE, com estratégias de mitigação e adaptação;
. Implantar monitoramento contínuo para prevenção de riscos em áreas costeiras;
. Otimização do aproveitamento e redução dos resíduos;
. Divulgação do tema por meio da informação transparente, científica e democrática;
. Fomentar a proteção e recuperação de ecossistemas naturais;
. Capacitar a população para enfrentar as situações de riscos;
. Introduzir medidas de eficiência energética, de recursos hídricos e ampliação de áreas verdes.