Lançado há 35 anos, Escort tem 393.487 exemplares em São Paulo
Lançado em julho de 1983, o Ford Escort está completando 35 anos, como ícone da década. No sistema do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP), constam 393.487 registros do Escort no Estado; destes, 90 têm a placa preta, destinada a colecionadores.
A cidade com mais registros é a capital paulista, com 122.862 unidades, ficando em segundo Itaquaquecetuba, com 1.799. Entre as cidades da Baixada Santista, Santos tem 2.230, seguida de Praia Grande, com 1.344 exemplares.
O Escort chegou ao mercado brasileiro após fazer sucesso na Europa. A versão nacional mais em conta era a CHT E-Max 1.3, que custava Cr$ 4.019.324,00 (mais de 4 milhões; em valores atualizados pelo IPC-Fipe, hoje é mais ou menos R$ 40 mil). A GL 1.6 era a mais sofisticada: Cr$ 5.122.052,00 (cerca de R$ 51 mil, pelo IPC-Fipe).
Pouco depois, em outubro de 1983, foi lançado o modelo XR3. Segundo anunciava a Ford na época, era o mais sofisticado esportivo fabricado até então no Brasil. Tinha relógio digital de múltiplas funções, bloqueio elétrico das portas, vidros acionados por comando elétrico, retrovisores elétricos e teto solar, além de um motor com modificações para realçar a esportividade. Custava Cr$ 7.075.000,00 (aproximadamente R$ 58 mil).
Mas foi apenas em abril de 1985 que o XR3, já um grande sucesso, trouxe um detalhe que o tornou inesquecível para muitos: ganhou uma versão conversível. Na época, era o único veículo nacional a sair sem capota de fábrica. Custava bem mais que o XR3 normal: cerca de Cr$ 72.000.000,00 (R$ 114 mil, em valores corrigidos pelo IPC-Fipe).
Depois de promover reestilizações do Escort na década de 1990, a Ford descontinuou o modelo em 2003.
O número restrito de exemplares com placa preta se explica por uma das exigências: além de manter boa parte das características originais de fabricação, é preciso que o carro tenha ao menos 30 anos. Dos 90 placas pretas, a maior quantidade está em São Paulo (39). Santos tem 1 exemplar.