Industrialização no canteiro reduz tempo de obra e resíduos da construção
A construção civil brasileira vem adotando práticas capazes de reduzir significativamente as atividades nos canteiros de obras, com a tendência de transformá-los numa espécie de “linhas de montagem”. A Callabrez Construtora e Incorporadora, por exemplo, está atenta ao cenário e aproveitando os benefícios das economias e ganhos ofertados por estes sistemas construtivos.
Segundo Ricardo Brito, diretor de Engenharia da Callabrez, os produtos da construtora têm alto grau de industrialização: “São paredes de concreto, kits hidráulicos e elétricos, por exemplo, que aumentam o grau de industrialização dos edifícios que fazemos, o que torna a obra mais industrializada de modo geral”. Como no exemplo dos kits elétricos e hidráulicos, uma vantagem no uso desses materiais é que eles já vêm testados de fábrica, o que torna o processo mais simples e econômico.
Brito também relata que a adesão ao aumento da industrialização nos processos garante uma maior gestão da qualidade dos processos, menor dependência de entraves produtivos, economia do tempo de construção e aumento da competitividade: “Conseguimos diminuir entre 50% e 70% o tempo das obras utilizando sistemas com alto grau de industrialização. No que se refere aos resíduos, a redução é de mais de cinco vezes o volume gerado quando comparado com sistemas convencionais. E temos como meta reduzir ainda mais a geração de resíduos na construção dos nossos edifícios”.
A industrialização consiste, geralmente, na utilização de sistemas construtivos que utilizam menor número de materiais e poucos processos, que substituem a tradicional alvenaria com tijolo e cimento, onde se manipula muitos materiais, com logística de entrega e armazenamento mais complexos e vários processos executivos. Por isso, a construção fica mais ágil, eficiente e reduz bastante o desperdício de material, que geralmente vira entulho e gera impacto ambiental.
Atualmente, os processos da construção civil brasileira ainda são muito dependentes da mão de obra interna. Os trabalhadores ficam responsáveis pelo preparo dos materiais e da montagem de praticamente todas as estruturas do início ao fim. Isso ocorre nas fundações, nas superestruturas, nas paredes, no telhado, entre outros. Com a industrialização, a ideia é que grande parte desses processos sejam substituídos por alternativas pré-fabricadas, pré-montadas, ou seja, componentes construtivos previamente montados nas indústrias.
Um desses processos que é adotado com maior frequência é o sistema tipo “steel frame”, que são peças metálicas usadas para a estruturação das paredes, estruturais ou não, complementadas com chapas de gesso acartonado, chapas cimentícias ou de madeira, e que poderão receber como acabamento revestimentos cerâmicos, texturas ou pinturas. Outra tecnologia, é o sistema construtivo tipo “wood frame”, em que as estruturas e, geralmente, os painéis, são de madeira de reflorestamento, que recebem materiais cimentícios, gesso ou massas acrílicas como acabamento, adquirindo a aparência de uma parede normal. Estes sistemas, quando bem projetados, tem excelente desempenho acústico e térmico.
O diretor de engenharia da Callabrez relata que métodos como esses, por utilizarem peças planejadas previamente, transformam a obra num processo mais próximo de uma linha de montagem. “Dessa forma, as variações de medidas e os desvios construtivos diminuem bastante, contribuindo com a redução do desperdício. A mão de obra precisa receber maior capacitação e qualificação, mas também ganha em eficiência e em condições de trabalho mais confortáveis com menor esforço”, explica.
O modelo de industrialização, além de permitir melhorar a logística dos canteiros, que não têm espaço para produzir peças da estrutura no local, também facilita replicar o modelo de construção em diversos empreendimentos, o que ocasiona um ganho de escala na compra de insumos e na contratação de mão de obra.
Nos próximos cinco anos, a Callabrez pretende se tornar referência na entrega de empreendimentos verticalizados para habitações, mas com o diferencial de oferecer acabamentos personalizados em suas entregas, com qualidade de detalhes técnicos adaptáveis e reversíveis. “Cada vez mais, buscamos componentes na construção para encaixar, colar, parafusar, permitindo que o apartamento se torne mais prático e personalizável durante a sua utilização pelo morador (apartamento inteligente)”, comenta Brito.
Métodos de sistemas construtivos industrializados, projetados com o conceito BIM e de modulação, industrialização e Lean Construction estão entre os mais utilizados pela Callabrez. No caso dos sistemas BIM, a visão 3D gerada pelo arquivo e suas facilidades na hora de realizar simulações, avaliar os trajetos de tubulações na obra evitam retrabalhos e rendem economia financeira.
Estes processos de industrialização trazem benefícios para o setor da construção, pois permite produzir mais moradias com menos recursos. A Callabrez tem como objetivo produzir apartamentos que “custam menos para comprar e custam menos para morar”, e que permitem aos moradores maior praticidade e conforto no seu dia a dia, incentivando o empreendedorismo e o aprendizado profissional através dos espaços compartilhados entregues em seus empreendimentos.