Folia de Reis movimenta o Ciclo de Cultura Tradicional em São Sebastião
O Ciclo de Cultura Tradicional (CCT) passa por São Sebastião, no litoral Norte de São Paulo, amanhã, sábado, das 18 às 21 horas, com manifestações da Folia de Reis e estreia de um curta-metragem sobre a construção da fé praticada pelas comunidades da região. O público poderá assistir as apresentações e participar dos debates no Centro Cultural Batuíra, no bairro São Francisco. Gratuito e acessível em Libras, o ciclo é realizado por Oficinas Culturais, programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis.
Ao reunir os públicos com agentes culturais, mestres e pesquisadores de diferentes regiões do estado paulista, o CCT amplia a troca de saberes com os participantes e as conexões entre o passado, presente e futuro das tradições culturais caipiras, indígenas, afro-brasileiras, caiçaras, migrantes e imigrantes. Um dos objetivos é demonstrar como as expressões dessas comunidades resistem em diferentes territórios e épocas.
Em 2022 a 9ª edição do CCT conta com a correalização das Prefeituras Municipais de Bauru, Guaratinguetá, Mongaguá e de São Sebastião. Ainda neste ano a série de encontros passará por Mongaguá (26/11) e terá um encerramento no dia 1º de dezembro transmitido pelo YouTube das Oficinas Culturais.
Confira a programação completa:
OFICINAS CULTURAIS: CICLO DE CULTURA TRADICIONAL EM SÃO SEBASTIÃO (SP):
19/11, sábado
Acessível em Libras | Classificação indicativa: livre | Grátis
Local: Centro Cultural Batuíra – Avenida Martins do Val, 90, São Francisco
Programação:
18h | Espetáculo
SAMBADA DE REIS
Grupo Manjarra
O cortejo guiado por mulheres apresenta a dança tradicional do Cavalo Marinho pernambucano, ao som de instrumentos como rabeca, cavaco, bombos de corda, bages e mineiro. O baile irá festejar a memória de personagens e fatos que compõem uma construção histórica mais profunda e pouco ouvida.
O cortejo terá início na Praça do Pescador.
O Grupo Manjarra surgiu em 2004 como um núcleo da Cia. Mundu Rodá e está sediado em São Paulo (SP) há mais de 10 anos. Atuando de forma independente, o grupo desenvolve estudos com danças tradicionais brasileiras, com referências no Cavalo Marinho, Boi de Reis e na Festa do Divino Espírito Santo.
19h20 | Filme
SÃO PEDRO, PESCADOR
Direção: J. Valpereiro | BRA | 2022 | Doc | 14 min
O filme retrata os pescadores do bairro de São Francisco e a comunidade católica de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. O dia a dia pela perspectiva de um observador leva a reflexões acerca da construção da fé nas comunidades.
Após a exibição, haverá um bate-papo com J. Valpereiro, diretor do curta-metragem, atuante no mercado audiovisual há mais de 30 anos e à frente de projetos como “De frente para o Atlântico”, que conta histórias das comunidades isoladas da Ilhabela; Fernanda Palumbo Cronenbold, caiçara de São Sebastião, arquiteta e urbanista, pedagoga e historiadora; e Padre Alessandro Henrique Coelho, da Paróquia São Sebastião, bacharel e licenciado em Filosofia, e bacharel em Teologia. A mediação será feita por Antonio Filogenio de Paula Junior, graduado e pós-graduado em Filosofia, mestre e doutor em Educação e membro do grupo de Batuque de Umbigada.
20h30 | Apresentação
FOLIA DE REIS DO MORRO DO ABRIGO
Folia de Reis do Morro do Abrigo, grupo criado há mais de seis décadas e estabelecido no bairro do Morro do Abrigo, em São Sebastião, apresenta a tradição que atrai centenas de pessoas em seu evento anual que celebra os Três Reis Magos.
O grupo nasceu em São José do Barreiro (SP) e foi levado para São Sebastião pelo senhor Mario Cândido e por dona Rosa Gertrudes Albano.
20h45 | Apresentação
FOLIA DE REIS DO PONTAL DA CRUZ
Acompanhado de violão, cavaquinho, pandeiros, reco reco, meia lua e tambor, o grupo do Pontal da Cruz, bairro de São Sebastião, apresenta a manifestação tradicional que celebra a adoração dos Três Reis Magos – Belchior, Baltazar e Gaspar – ao nascimento do menino Jesus.
Folia de Reis do Pontal da Cruz foi fundado em 1995 por Ana Maria Paulino da Silva, que sentiu necessidade de repassar os conhecimentos herdados de seu pai.