Exposição na Casa de Espanha destaca os bancos indígenas do Brasil
A mostra Bancos Indígenas de Brasil – Grafismos será exposta até 2 de dezembro, na Casa de América, em Madri, Espanha, apresentando mais de 60 peças esculpidas por artistas de 40 etnias que habitam o Território Indígena do Xingu e a Amazônia brasileira. A entrada é gratuita.
Os bancos indígenas estão entre a arte e o artefato, o objeto sagrado e a mercadoria, a tradição e a experimentação, preservando características que revelam a grande sofisticação estética das civilizações que floresceram no Brasil pré-colonial. Feitos em madeira, muitas vezes em formatos de animais, decorados com grafismos ou coloridos com pigmentos diversos, eles espelham o universo cultural e a cosmologia das etnias que os criam e ajudam a reconstruir toda a variedade, a diversidade e o refinamento das culturas ancestrais brasileiras, que permanecem vivas e em contínua transformação.
A Coleção BEĨ nasceu de um deslumbramento estético com a beleza das formas, cores, grafismos e texturas dos bancos indígenas brasileiros. Sua trajetória, portanto, começou no encantamento, mas seguiu em direção a uma compreensão mais profunda de seus significados. Por sua extensão e importância, a coleção é referência em arte indígena brasileira. Seus bancos vêm sendo expostos em instituições do Brasil e do mundo, contribuindo para abrir novos horizontes de reflexão sobre as complexas inter-relações entre as artes tradicionais e a cultura contemporânea.
A coleção tem patrocínio da Acciona, que fornece soluções regenerativas para uma economia descarbonizada. Sua oferta comercial inclui energias renováveis, tratamento e gestão de águas, sistemas de transporte e mobilidade ecoeficientes, infraestruturas resilientes etc. A empresa é neutra em carbono desde 2016 e tem presença comercial em mais de 40 países.