Edição 359 Dezembro 2024
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Sábado, 14 De Dezembro De 2024
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Publicado em 3/02/2023 - 7:02 am em | 0 comentários

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Espetáculo convida à experimentação de materialidades maleáveis

“Flua”: para bebês de 0 a 3 anos

Espetáculo convida à experimentação de materialidades maleáveis

O espetáculo cênico para bebês “Flua” terá apresentações hoje e amanhã em Santos, na esteira de realizações do Sensatio-Bebê Encena, projeto criado em 2019 pela artista e educadora Bruna Paiva. As sessões têm entrada gratuita e acontecem às 11, 14 e 16 horas, no Teatro de Arena Rosinha Mastrângelo – Centro Cultural Patrícia Galvão.

Flua é destinado a bebês de 0 a 3 anos e propõe um convite à experimentação de materialidades maleáveis em um espaço flexível às interações espontâneas entre performer, bebês e suas famílias. “Em sessões intimistas, agrega linguagens contemporâneas em um ambiente acolhedor para que o público literalmente possa entrar na cena e interagir com os elementos cênicos, partilhando múltiplas narrativas e inventando diferentes paisagens junto com performers da luz, do corpo e do som”, detalham os organizadores.

A cada cena, a mistura entre as partes e o todo possibilita a criação de imagens efêmeras que promovem conexão com o feminino, com o nascimento e com outras forças arquetípicas que transbordam em cada participante durante o ato criativo. Uma experiência sensorial, de convívio entre diferentes corpos e de percepção de um espaço em transformação contínua.

Em Flua, a história é sobre a impermanência, sobre a capacidade humana de permear-se pelos instantes e deixar-se levar pelos encontros. Tal qual uma dança, o espetáculo é uma experiência para se perceber que a vida é esse lugar das incertezas. Por isso, é um espetáculo em que as cenas não estão rígidas ou previamente determinadas por um roteiro, pois o enredo dessa história sobre a fluidez também pode ser contada pelo modo como se vivencia o espetáculo, principalmente quando se trata do público da Primeiríssima Infância, sensível às forças estéticas.

Flua é um espetáculo in progress, ou seja, poroso a adaptações dramatúrgicas que se fazem ao longo das trocas entre performers e público em cada experiência de encontro, que deixam memórias e vão apontando hipóteses para novas construções cênicas no por vir. Não tem a rigidez de uma dramaturgia constituída a priori, já que para experimentarmos a deshierarquização das relações com bebês é importante provar o estado de “novidade”, “receptividade” e “improviso” que só se faz na escuta e na relação genuína com os corpos presentes nos instantes dos encontros.

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