Empresas rendem acima da média com diversidade racial e de gênero
Uma das principais transformações no cenário corporativo é a valorização da Diversidade e Inclusão (D&I). Atualmente, 96% das companhias realizam campanhas para fomentar programas de D&I, segundo estudo da Blend Edu. Nesse sentido, empresas como a Troposlab, consultoria especializada em inovação, têm sido aliadas do ecossistema brasileiro ao conduzir programas que colaboram no incentivo do setor por meio da aceleração de empresas, com desenvolvimento de mentorias, workshops e networking.
Segundo pesquisa da McKinsey & Company, companhias com diversidade étnica e racial têm 35% mais chances de ter rendimentos acima da média do seu setor. Além disso, organizações com diversidade de gênero têm 15% mais oportunidades de obter resultados acima da média.
“Enxergamos o investimento em empresas com diversidade relevante para o fomento de um ecossistema também mais diverso e capaz de atender às diversas camadas sociais”, afirma Pedro Teixeira, diretor de Aceleração da Troposlab: “Fazendo um paralelo com a economia, a diversidade pode estar ligada à competitividade ao gerar uma maior variabilidade de negócios que atendem a diferentes segmentos de clientes e ao tornar o mercado mais dinâmico. Além disso, ela é fundamental para gerar soluções de valor para uma camada da população que não têm suas demandas atendidas”.
A Troposlab atua com companhias de diversos setores e desenha programas personalizados de intraempreendedorismo e open innovation. A empresa já promoveu a aceleração de 1.415 startups e produziu mais de 700 projetos de inovação em grandes empresas. Dentre as ações, se destaca o WFintech, programa de aceleração realizado junto ao Sebrae-SP, focado em startups da área financeira (fintechs) com fundadoras mulheres.
Com duração de outubro de 2022 a fevereiro de 2023, o programa ofereceu às profissionais participantes a oportunidade de evoluir seus negócios por meio de mentorias de desenvolvimento de produto, construção de máquina de vendas, investimento e trocas de experiências com foco nas especificidades da área financeira.
Durante os quatro meses, o WFintech proporcionou mais de 160 horas de mentorias, oito workshops e cinco encontros de conexão entre as empreendedoras e uma grande rede de parceiros e madrinhas do programa. No programa, as startups tiveram um crescimento médio na nota de diagnóstico do negócio de 12,5% e evoluíram também questões intangíveis, como estar mais confortáveis e estimuladas a participarem de eventos e apresentações e cresceram a rede de contato e apoio para seu negócio, possibilitando novas oportunidades.
“A presença e crescimento de empreendedoras, em especial em áreas mais dominadas pelo público masculino como é a área financeira, não só servem de inspiração para novas empreendedoras e líderes nessa área, mas também abrem a mente dos homens que já estão presentes no setor sobre a importância feminina. Mesmo que os seus negócios atuais não deem certo, estas mulheres estão mais preparadas para empreender novamente e/ou assumir papéis de liderança em outras startups ou empresas do setor”, conta Renata Horta, diretora de Novos Serviços e Parcerias da Troposlab.
Além do WFintech, o Ginga Imerso, mais um programa realizado pelo Sebrae-SP e conduzido pela consultoria, irá acelerar startups de São Paulo que possuem uma pessoa negra como sócia majoritária ou mais da metade do time fundador composto por pessoas pretas ou pardas.
Para Renata, a diversidade aumenta a probabilidade de sucesso da inovação gerada na empresa, proporcionando também melhores chances de aumento de rendimento: “A diversidade permite que mais camadas da demanda sejam compreendidas. Em um mercado tão rápido, incerto e competitivo, acertar nos detalhes é importante para se estabelecer, e o olhar diverso vai considerar mais elementos, vieses, portas de entrada no desenvolvimento da inovação, gerando não só um produto, mas um modelo de negócios mais aderente”.