Desafios contemporâneos de comunicação e engajamento nos museus
O Museu de Arte Moderna de São Paulo promove no sábado, 30, das 11 às 18 horas, no Auditório Walter Zanini, no MAC USP, capital paulista, a terceira edição do seminário MAM Debate, intitulado “Projetar museus, refletir públicos”. Com um dia inteiro de discussões e trocas de experiências, o evento, gratuito, explora os desafios das instituições de arte para se comunicar de forma significativa com públicos cada vez mais diversos e individualizados, em um mundo cada vez mais digital. A programação inclui falas de abertura e encerramento, além de duas mesas-redondas que contarão com profissionais do setor cultural, abordando estratégias e desafios na criação de conexões genuínas entre museus e sociedade.
A abertura será feita por Cauê Alves, curador-chefe do MAM São Paulo, que apresentará uma reflexão sobre o papel dos museus em uma sociedade que valoriza a personalização e a representatividade. Na sequência, a mesa 1, intitulada “Projeção pública: Museus e seus programas”, reunirá Alex Calheiros, diretor do Museu da Inconfidência (MG), Cintia Maria, diretora do Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira – MUNCAB (BA) e Marília Bonas, diretora técnica do Museu do Futebol (SP), com mediação de Heloisa Espada, docente e curadora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade São Paulo (SP). O debate propõe aos convidados que discutam as maneiras que as diferentes instituições se projetam para os seus públicos, especialmente através das propostas programáticas e curatoriais, e que analisem os efeitos reais das proposições.
No período da tarde, a mesa 2, “Comunicação integrada: Museus e suas redes”, contará com Caroline Carrion, superintendente de comunicação da Fundação Bienal de São Paulo (SP), Fernando Bruno, coordenador de projetos digitais do Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires – MALBA (Argentina), e Lorena Vicini, gerente de estratégia e transformação do Instituto Inhotim (MG), com mediação de Ane Tavares, coordenadora de comunicação do MAM São Paulo. A proposta é que os convidados apresentem as estratégias de comunicação e criação empregadas a fim de se relacionarem com o público e suas comunidades, integrando as respectivas programações presenciais, com a dimensão digital ou virtual em que, grande parte do contato com o público se dá hoje.
Para o encerramento, Kássia Borges, artista indígena, membro do coletivo MAHKU (Movimento dos Artistas Huni Kuin), curadora do MASP e do Museu do Índio da UFU, discutirá as relações entre tradição e contemporaneidade nos espaços museológicos, considerando as perspectivas das culturas originárias.
