Conferência vai abordar ocupação nos municípios litorâneos de SC
A I Conferência Zona Costeira de Santa Catarina acontecerá entre 26 e 28 de junho com o objetivo de abordar os diversos aspectos relacionados à ocupação dos 27 municípios que compõem a faixa litorânea do estado. O encontro é promovido pela Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe) e acontecerá na Universidade do Vale do Itajaí (Univali), campus Balneário Camboriú, reunindo representantes dos poderes Executivo e Legislativo, nas esferas federal, estadual e municipal, da iniciativa privada e da sociedade civil organizada.
Na ocasião, serão apresentadas informações relacionadas às áreas ambiental, social, econômica, territorial e de governança da zona costeira de Santa Catarina, de Norte a Sul, visando ampliar a compreensão sobre a estrutura e funcionamento da região. A programação terá 16 mesas-redondas e a participação de cerca de 50 palestrantes vinculados à academia.
O organizador, professor Marcos Polette, afirma que a intenção é que seja estabelecido um sistema de indicadores capaz de fornecer dados atualizados sobre a região. A proposta é que estas informações sejam levantadas pelas universidades e instituições de pesquisa, que atuam na área costeira catarinense, recebendo também o apoio da sociedade e do setor produtivo.
“Nós já temos um grupo de 55 pesquisadores, de mais de 10 instituições de ensino, que atuam na região por meio de pesquisas nas áreas de meio ambiente, economia e social e queremos reunir órgãos e autoridades ligadas a estes setores. Cada mesa redonda terá a presença de representantes de governos, da academia, da sociedade e da iniciativa privada”, afirmou Polette, ao frisar a importância de estabelecer indicadores seguros, para que as administrações públicas possam tomar decisões mais assertivas: “A ideia é que todos possam entender a origem dos problemas, avaliar como eles interferem na economia e, deste modo, buscar soluções integradas”.
A ideia é que o evento seja realizado a cada dois anos, de modo que a periodicidade permita avaliar os resultados obtidos e o grau de efetividade das ações adotadas nas escalas municipal e regional. Para o pesquisador, a situação precisa ser encarada de forma responsável e comprometida e a criação de parcerias institucionais, capazes de unir governos, universidades, iniciativa privada e a sociedade organizada, podem contribuir neste processo.
“Precisamos refletir, urgentemente, sobre a ocupação destes 27 municípios que, nos últimos anos, tem vivenciado um processo de urbanização acelerado. Essa região já concentra quase 25% da população do Estado, sendo que na temporada de verão, a densidade é ainda maior. No último verão lidamos com problemas graves de balneabilidade, que precisam ser resolvidos. Além disso, precisamos nos preparar para as alterações do clima, que podem tornar a região ainda mais suscetível aos riscos ambientais”, destaca o professor da Univali.
A presidente da Acafe, Luciane Bisognin Ceretta, afirmou que a entidade se dispõe a realizar esse tipo de debate porque está e sempre esteve junto ao poder público para transformar o estado num lugar cada vez melhor: “Mais uma vez, a Acafe se coloca como protagonista numa discussão importante para a sociedade e cumpre seu papel social”.
A programação e as inscrições serão divulgados em www.univali.br/eventos