CNT pede crédito
Nelson Tucci
O setor de transporte registrou queda de demanda pelo quarto mês consecutivo. De acordo com a nova rodada da Pesquisa de Impacto no Transporte – Covid-19, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), 74,6% das transportadoras apontaram diminuição da demanda em junho, sendo que mais da metade delas (57,2%) avaliou essa retração como grande. A pesquisa revela ainda que, diante das dificuldades de acesso a crédito enfrentadas pelos transportadores desde o início da pandemia, mais de um terço das empresas (34,0%) precisou recorrer ao crédito rotativo – a linha com as taxas de juros mais elevadas do merca do.
O levantamento ouviu 858 empresas de cargas e de passageiros, de todos os modais de transporte, entre os dias 9 e 15 de julho e mostra que 79,8% das transportadoras projetam impactos negativos da crise em sua empresa por pelo menos mais quatro meses.
A queda de faturamento foi apontada por 60,7% das empresas de transporte consultadas pela CNT. Além disso, 41,8% das transportadoras declararam que estão com sua capacidade de pagamento comprometida – de folha de pagamento, parcelas de financiamentos, tributos, aluguéis, entre outros. O presidente da CNT, Vander Costa, avalia que os resultados dessa nova rodada reforçam o cenário de “diminuição drástica da demanda e do faturamento do setor, além de revelar grandes dificuldades, por parte dos transportadores, para pagar obrigações rotineiras”. Segundo ele, é urgente a apresentação de um plano de socorro imediato às transportadoras, de modo a oferecer uma linha de crédito exclusiva e pré-aprovada, com taxas de juros reduzidas e carência estendida. Para a CNT, a dificuldade de acesso ao crédito persiste.
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