Edição 358 Novembro 2024
Edição 358Novembro 2024
Quinta, 12 De Dezembro De 2024
Editorias

Publicado em 28/01/2024 - 6:59 am em | 0 comentários

Divulgação

Carnaval no Museu da Língua Portuguesa tem blocos, bailes e oficinas

Bloco Cornucópia Desvairada: 3 de fevereiro para as crianças

Carnaval no Museu da Língua Portuguesa tem blocos, bailes e oficinas

No Museu da Língua Portuguesa, na capital paulista, a programação carnavalesca começou ontem e se estenderá até 22 de fevereiro. Ao longo deste período, haverá lançamento de samba-enredo de grupo do bairro do Bom Retiro, bloco voltado para crianças de todas as idades, oficinas de adereços e musicalização e baile para a terceira idade. Localizado na Estação da Luz, o museu é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.

O museu funcionará normalmente durante o Carnaval, ou seja, nos dias 10, 11 e 13 de fevereiro – às segundas-feiras a instituição já fica fechada para manutenção. Haverá apenas uma diferença: na Quarta-Feira de Cinzas, 14, o museu abrirá às 12 horas, e não às 9 horas como geralmente ocorre.

No dia 3 de fevereiro, sábado, Aninha Batucada e Babi Pacini, integrantes do Samba do Bule, oferecem a Oficina de Musicalização Infantil, a partir das 10 horas, no Saguão B do Museu. A ação é voltada para crianças de todas as idades e suas famílias e tem como objetivo permitir a absorção de conhecimentos musicais de forma lúdica e interativa por meio de rodas rítmicas e brincadeiras. Não há necessidade de inscrição prévia.

A oficina será o “esquenta” para a apresentação voltada para crianças de todas as idades e suas famílias do Bloco Cornucópia Desvairada. O conjunto paulistano de instrumentos de sopro e percussão, cujo repertório abrange gêneros como forró, maracatu, axé, brega e samba, vai tocar das 11 às 12h30, também Saguão B. Enquanto os ritmistas estiverem executando canções conhecidas do Carnaval, outros artistas vão realizar performances de mágica e em pernas de pau.

No sábado de Carnaval, 10 de fevereiro, quando o museu estará funcionando normalmente, o Núcleo Educativo realiza a Oficina de Balangandã, em uma edição especial do projeto Estação Férias. Os educadores vão ensinar como criar este que é um dos adereços mais conhecidos do carnaval brasileiro e explicar a origem da palavra “balangandã”, relacionada à presença das línguas bantu no país. Uma ótima dica para quem for aproveitar as dezenas de blocos em São Paulo fantasiado. Gratuita, a atividade vai acontecer das 13 às 14h30, no Saguão B, sem necessidade inscrição prévia.

Para fechar a programação, o projeto Falas do Corpo, voltado principalmente para pessoas com mais de 60 anos, promove um Baile da Melhor Idade com muito samba, axé music e marchinhas. A festa está marcada para 22 de fevereiro, quinta-feira, a partir das 14 horas, no Saguão B.

Para quem decidir entrar nos espaços expositivos do Museu, vale ficar atento nas experiências que contêm conteúdos relacionados ao Carnaval.

Na exposição principal, a experiência Falares, que revela a diversidade da língua portuguesa falada no Brasil por meio de depoimentos de pessoas de todos os cantos do país, há indivíduos falando de maracatu, manifestação cultural do Carnaval pernambucano, e ainda a presença de nomes como a sambista Alcione, homenageada pela escola de samba Mangueira em 2024.

Na Praça da Língua, espécie de planetário das palavras, é possível ouvir marchinhas de Lamartine Babo. Na experiência Português do Brasil, linha do tempo sobre a história da língua portuguesa falada no Brasil, há vídeos de Cartola, Carmen Miranda, Aracy de Almeida e Dorival Caymmi, figuras fundamentais para a música e o carnaval brasileiros.

Já na mostra temporária “Essa nossa canção”, que relaciona a língua portuguesa com a canção popular brasileira, os destaques são as performances de Teresa Cristina e Juçara Marçal. A primeira canta “Pelo telefone”, de Donga, considerado o primeiro samba gravado, e Juçara Marçal empresta a sua voz para “Sinal fechado”, um dos sucessos de Paulinho da Viola, cuja trajetória artística se mistura com a da tradicional escola de samba Portela.

Com curadoria de Hermano Vianna e Carlos Nader, consultoria de José Miguel Wisnik e curadoria especial de Isa Grinspum Ferraz, “Essa nossa canção” conta com o patrocínio máster da CCR, patrocínio do Grupo Globo, e apoio do BNY Mellon e do Itaú Unibanco – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Responder