Edição 356 Setembro 2024
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Quinta, 03 De Outubro De 2024
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Publicado em 4/08/2023 - 6:55 am em | 0 comentários

Divulgação

Agosto Indígena propõe imersão na diversidade dos povos originários

Sesc-SP programa atividades na capital, interior e litoral

Agosto Indígena propõe imersão na diversidade dos povos originários

Com ações em 35 unidades do Sesc-SP – 20 na capital e Grande São Paulo e 15 no interior e litoral –, o Agosto Indígena, de 9 a 31, convida a um exercício coletivo de valorização da diversidade dos povos originários no Brasil, por meio de apresentações, oficinas, exibição de filmes, feira literária, vivências coletivas, contação de histórias e cursos.

O Dia Internacional dos Povos Indígenas é celebrado pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 9 de agosto de 1995. Em 2021, o estado de São Paulo estabeleceu o Agosto Indígena por meio da Lei nº 17.311, de autoria da deputada estadual Monica da Mandata Ativista.

Com identidade visual criada pelo artista Denilson Baniwa e o Coletivo SP Terra Indígena, a versão deste ano do Agosto Indígena realizará ações orientadas pelo tema Brasil Terra Indígena, tendo como marco uma programação no Sesc Consolação, na capital, na próxima quarta-feira, 9. Das 18 às 18h45, a cerimônia de abertura terá início com o Sarau UruKum, um encontro multiétnico e independente que se desdobra em intervenções artísticas que abordam questões relevantes aos povos indígenas na contemporaneidade. E das 19h30 às 21h30, o Teatro Anchieta será palco de Avaxi Nhenhoty. Inspirado no plantio de milho pelos guaranis e dirigida por Cibele Forjaz, o encontro reúne guaranis do Jaraguá – representados pelo Coro Guarani Kyre’y Kuery, David Vera Popygua Ju e Xeramõi José de Quadros Vera Popygua –, com as multiartistas indígenas Glicéria Tupinambá, Uýra Sodoma e Zahy Tentehar.

Ao longo do mês, a programação do projeto inclui cerca de 150 atividades, majoritariamente livres para todas as idades e gratuitas – a exemplo das duas apresentações da cerimônia de abertura. Entre os dias 22 e 24 de agosto, o Sesc Avenida Paulista apresenta três encontros com Geni Núñez, escritora e psicóloga, que, por meio de sua pesquisa acadêmica, tem proporcionado importantes reflexões sobre as perspectivas indígenas acerca de temas como etnogenocídio, raça, luta anticolonial e antirracista.

No dia 22, a ativista guarani abordará o tema Artesanias Relacionais: Uma discussão sobre ciúmes e combinados. No dia 23, com a colaboração de Jaci Jaxuka Martins, indígena Guarani Mbya e liderança da terra indígena do Jaraguá/SP, Núñez ministrará o curso Perspectivas Indígenas Antirracistas: Contribuições para a Luta Anticolonial. No dia 24, debaterá com os psicanalistas Kwame Yonatan e Laura Lanari, na roda de conversa Aquilombamento nas Margens: Geni Núñez.

A pluralidade de ações do Agosto Indígena também permitirá ao público uma imersão nos saberes e fazeres de diversos povos originários, com o acesso a oficinas de artesania e interações lúdicas por meio de danças, jogos e brincadeiras ensinados por educadores, como Karai Valcenir Tibes, Eliane da Silva e Rony Tibes, da Terra Indígena Tenondé Porã/SP, que estarão presentes nas tardes de sábado, de 5 a 19 de agosto, no Sesc Santo André.

Em visitas mediadas ao Planetário do Carmo, atividade que integra a programação do Sesc Itaquera, a compreensão de fundamentos da astronomia indígena e a relação empírica dos povos originários com o céu será compartilhada em duas tardes de sábado, dias 19 e 26, pelo escritor e ativista Antony Jaray Poty.

Entre as ações de vivência, o Agosto Indígena também promoverá visitas mediadas à Aldeia Renascer Ywyty Guaçu, em Ubatuba, no litoral Norte de São Paulo; à Aldeia Kuaray Oua, na Terra Indígena Tenondé Porã, na zona Sul da capital, onde será realizado um mutirão de plantio baseado na roça Guarani; e na Reserva Indígena Multiétnica Filhos Desta Terra, em Guarulhos, onde os participantes farão um passeio pela trilha ecológica da terra indígena e terão contato com a relação destes povos com a natureza, por meio de atividades de canto, danças e brincadeiras indígenas.

No CineSesc, além da estreia do filme Bibiru: Kaikuxi Panema, que contará com a presença dos diretores Latso Apalai e André Lopes, Miradas Femininas, uma seleção de seis filmes com curadoria de Júnia Torres, apresentará produções de diretoras que registram e atualizam rituais, além de dialogar com expressões poéticas no cinema.

Na abertura dessa programação, no dia 17, as cineastas Graciela Guarani, Marta Tipuici Manoki, Kerexu Martim e Jera Guarani participam de uma conversa mediada por Júnia Torres. O bate-papo ocorre das 18h30 às 20h30. Na sequência, serão exibidos os filmes Aguyjevete Avaxi’i (Brasil, SP/Guarani Mbya, 2023, 20 min); e Ajali Numa: O jogo de cabeça dos Manoki e Myky (Brasil, MT/Manoki, 2023, 73 min).

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