Eventos sociais, culturais…
Leandro Ayres
NESTE segundo artigo da série que visa dar base para quem pensa em seguir carreira profissional, abordarei o segmento que mais movimenta o mercado fotográfico, de insumos a recursos humanos. Refiro-me à fotografia de eventos sociais, seja cultural, esportivo ou corporativo.
Uma característica importante deste fotógrafo é que ele está sempre na vitrine quando atuando na captação das imagens. Em um casamento de baixo custo são, pelo menos, 150 pessoas em contato com ele e seu trabalho. Mas, por outro lado, espera-se deste profissional discrição o bastante para que não seja confundido com um convidado.
Esta vitrine explica em parte o grande número de iniciantes que miram este segmento. Quando apresenta bons resultados para seus clientes, se mantém no mercado, ampliando alcance geográfico e social e, consequentemente, o seu faturamento. No melhor caso, passa a montar e coordenar equipes de profissionais para cobrir a demanda de eventos da sua agenda. No outro extremo, porém, o iniciante que não entrega imagens com algum diferencial positivo de qualidade estará fadados a cobrar valores abaixo do mercado, o que lhe sentencia a uma morte lenta, uma vez que não sobra dinheiro para investir em novos materiais ou até mesmo para a manutenção do equipamento fotográfico. Seus dias estarão acabados.
A princípio, o que fará diferença é o investimento em materiais de trabalho, em conhecimento e em propaganda. Sim, bons produtos e serviços custam mais por envolver os melhores profissionais. Assim, um kit básico para iniciar no segmento esportivo, por exemplo, não sairá por menos de US$ 15 mil. Para casamento, perto disso, US$ 10 mil. Uma inscrição para um workshop com duração média de 16 horas com um renomado fotógrafo de casamentos custa a bagatela de R$ 2 mil. Ainda há o curso de pós produção e tratamento de imagens, fluxo de trabalho e de marketing profissional.
Quase sempre o mesmo fotógrafo oferece todas estas ferramentas, mas em workshops diferentes. Estratégia, meu amigo! Separe, então, algo em torno de R$ 10 mil só para adquirir conhecimento teórico e alguma prática. O valor a ser investido em propaganda dependerá do alcance e impacto especulado, podendo ir de módicos R$ 50/mês por um anúncio impulsionado nas redes sociais integradas (facebook/instagram, por exemplo) à R$ 5 mil associados à agência de propaganda, que irá desenvolver um plano multimídia com base em seu público alvo. Neste segmento há um certo inchaço de profissionais, portanto, tenha estes três princípios como diretrizes: aprimorar-se, atualizar-se e diferenciar-se.
De acordo com a tabela da Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos no Estado de São Paulo, relativa aos anos de 2016 e 2017, um job de três horas pode custar de R$ 693,05 a R$ 1.070,62, dependendo do trabalho a ser realizado. Importante que você também tenha ciência de que os valores são diferentes em cada estado brasileiro. Neste âmbito, o mercado nacional, segundo estimativa da própria associação, movimenta algo em torno de R$ 380 mi/ano somente com a prestação de serviços fotográficos para fins culturais, esportivos, corporativos e demais eventos sociais.
SERVIÇO – Studio Photo Café / Museu do Café. Rua XV de Novembro, 95, Centro Histórico de Santos. De terça-feira a sábado, das 9 às 18 horas, e domingo, das 10 às 18 horas. (13) 3213.1750.
Característica deste fotógrafo é que, na captação das imagens, ele está sempre na vitrine