Edição 361 Fevereiro 2025
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Terça, 18 De Março De 2025
Editorias

Publicado na Edição 357 Outubro 2024

Fotos Divulgação

Mudanças climáticas orquestram produção

Linha de produção é voltada à sustentabilidade

Mudanças climáticas orquestram produção

Nelson Tucci

Que o futuro depende do que fizermos hoje, agora, ninguém tem dúvida. E esta máxima vale para todo o contexto mundial, especialmente na emissão de gases do efeito estufa (GEE). É preciso reduzir e, quando possível, eliminar as fontes. Isto se quisermos perpetuar a espécie no planeta. A Cummins, fabricante de motores e componentes há 105 anos, já percebeu isto e bota a mão na massa há algum tempo. Por isso, convidou jornalistas para uma apresentação, mostrando o que faz em termos de soluções em gás natural, biometano, propulsão elétrica, etanol e hidrogênio.

Não é sobre o que nos trouxe até aqui, mas o que nos levará a seguir em frente. A frase é de Adriano Rishi, CEO da companhia no Brasil, argumentando que “a jornada de descarbonização é uma nova era”. Não à toa são investidos R$ 50 milhões/ano nas cinco plantas do país (três em SP, uma no RJ e uma no RS) que, juntas, somam 3 mil funcionários (de um total de 75.500, espalhados por 190 países).

O engenheiro e CEO brasileiro reafirmou o compromisso com as práticas sustentáveis, que serão reiteradas no evento da Fenatran 2024, entre os dias 4 e 8 de novembro próximo, mostrando o que há de mais atual em transportes de carga e logística. Na agenda da Cummins estão as atividades de educação, meio ambiente e equidade. Pela estatística da empresa, 90% dos colaboradores fazem trabalhos voluntários. “A agenda ESG é feita de ações, a fim de criarmos um mundo mais equilibrado”, resume Rishi, ao falar de empoderamento feminino, trabalho com ONGs e instalação de painéis solares (985 unidades): “Toda vez que testamos motores, em nossas plantas, fazemos cogeração de energia para aquela unidade”.

A matriz energética brasileira tem se tornado cada vez mais renovável, com destaque para o crescimento da biomassa, energia eólica e solar, que atingiram 49,1% da Oferta Interna de Energia (OIE) em 2023, segundo o Relatório Síntese do Balanço Energético Nacional (BEN) de 2024. Esse aumento foi impulsionado pela expansão da geração de eletricidade a partir dessas fontes, enquanto a participação de fontes fósseis vem diminuindo gradualmente, refletindo a transição energética.

“Com a posição de destaque do Brasil na agenda de transição energética global, nossa atuação busca catalisar o uso de energias renováveis e soluções de menor impacto ambiental. A verdadeira transformação reside em garantir que nossas soluções sejam compatíveis e funcionem em harmonia com o sistema energético brasileiro”, destaca Rishi, acrescentado que a empresa adota uma abordagem multienergética, alinhada às vantagens competitivas locais, para impulsionar a economia e expandir a infraestrutura necessária para sustentar essa transição.

Nelson Tucci é jornalista, editor de Veículos & Negócios, toda segunda-feira também em www.veiculosenegocios.blogspot.com.br

Destaque para a plataforma HELM (maior eficiência, menos emissões e múltiplos combustíveis, em inglês), versão X15L, de três cabeçotes, que opera com diesel, gás natural e hidrogênio

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