Sem palavras
Luiz Carlos Ferraz
Um movimento que deve divertir, especialmente, filósofos, sociólogos e antropólogos – entre outros degraus do conhecimento que ainda não foram descobertos –, a Humanidade está se reinventando a cada instante, mas isto não significa que esteja sendo devidamente explicada para que tais descobertas sejam tornadas públicas e assimiladas honestamente pelo senso comum. Neste descompasso entre as inovações, não e nunca será de causar espanto que o novo venha a ser e esteja, como está, sendo confundido – e até distorcido com o que se convencionou denominar tradicional. A angústia há de ser gigante para quem, cientista ou não, percebe essa evolução e não consegue encontrar ou criar palavras para expressar o que está acontecendo ao seu redor, em sua comunidade, seu país, enfim, no planeta. Algumas vezes, ao destilar evidências para se fazer compreender o inventor será, talvez, obrigado a simplificar, lapidar, comprimir…, e ao fazê-lo, em meio à dor da incompreensão, da perseguição, do preconceito, enfim, da ignorância, naturalmente ele distorcerá o achado, que continuará perdido em alguma esquina do tempo.