Processos mais simples e acessíveis
Padronizar códigos municipais de construção civil e criar um modelo de licenciamento integrado de obras nas prefeituras do Estado de São Paulo, visando tornar os processos de construção mais simples e acessíveis. Esse é o desafio do protocolo de intenções assinado entre a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Fiesp, através do departamento da Construção Civil (Deconcic), a Frente Parlamentar da Indústria da Construção da Assembléia Legislativa e a Associação Paulista de Municípios, APM.
“A ideia é fazer com que os municípios adotem padrões de licenciamento e construções integrados e menos burocráticos”, diz o presidente da APM, Carlos Cruz.
Carlos Eduardo Auricchio, diretor do departamento da Indústria da Construção (Deconcic) da Fiesp, afirmou que o modelo já está consolidado em países da Europa e nos Estados Unidos: “Hoje não temos no Brasil indicadores que permitam um licenciamento integrado, nem um código de obras que sirva de referência. O modelo vai auxiliar os municípios, a indústria da construção civil e, consequentemente, os moradores e novos proprietários”.
O deputado Itamar Borges, que comanda a Frente Parlamentar da Indústria da Construção na Assembléia Legislativa, salientou que o documento consolida o “compromisso de uma ação conjunta de orientação e estimulo à padronização dos códigos municipais de obras de cada uma das 645 cidades do Estado”.
Segundo o deputado, os novos procedimentos, além de clareza e transparência, vão gerar economia nos processos de construção, “facilitando as relações entre a iniciativa privada, as prefeituras, governo do Estado e União”.
A ideia do protocolo é utilizar a Frente Parlamentar da Indústria da Construção para propor leis definindo os novos padrões em nível estadual.
Em linhas gerais, o Licenciamento Integrado de Obras visa:
. Informatizar o processo de análise de solicitações de licenças de obra, permitindo a análise simultânea dos projetos pelos diversos órgãos envolvidos;
. Reduzir o prazo de emissão de uma licença pela possibilidade de análise do projeto, em paralelo, por diversos órgãos, e pela maior facilidade de compartilhamento de exigências e aprovações;
. Permitir comunicação direta e imediata, via web, entre as partes (órgãos e solicitantes);
. Facilitar o acompanhamento tanto pelos solicitantes, externamente, como pelos funcionários dos órgãos de licenciamento, internamente;
. Reduzir custos pela eliminação do trânsito e arquivamento físico de documentos;
. Melhorar o controle de exigências, pendências da emissão de licenças, bem como a gestão territorial pela produção de informação georreferenciada sobre licenciamentos; e
. Produzir informação gerencial sobre volumes e tipologia de licenciamentos solicitados, em curso e aprovados.
Já a padronização dos Códigos de Obras Municipais objetiva os seguintes parâmetros:
. Diretrizes e critérios mínimos de desempenho e qualidade dos edifícios;
. Regulamentação do zoneamento urbano, parcelamento da terra, licenciamento e fiscalização;
. Adoção de normas técnicas da ABNT; e,
. Categorizar o porte e escala das obras.