Edição 356 Setembro 2024
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Quinta, 03 De Outubro De 2024
Editorias

Publicado na Edição 285 Outubro 2018

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Empresários em busca de inovação

Visita ao Vale do Silício revela novas tecnologias de startups

Empresários em busca de inovação

Com o objetivo de acompanhar e entender o avanço das construtechs, startups que desenvolvem tecnologias para o mercado da construção civil, 13 organizações do setor foram ao Vale do Silício, nos Estados Unidos. Os representantes de cada organização puderam conhecer 10 startups do reconhecido polo de inovação mundial, que integram um mapeamento de 255 empresas voltadas ao setor da construção, desenvolvido pelo Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), em parceria com a StartSe.

Com a viagem foi possível identificar três grupos de tecnologias que devem impactar a construção a curto e médio prazo. O primeiro contempla inovações em constante desenvolvimento, como o BIM (Building Information Model), Internet das Coisas (IoT – Internet of Things), big data, inteligência artificial, drones e realidade virtual e aumentada. Já o segundo grupo está voltado para o avanço de produtos, e envolve casas inteligentes (smart homes), prédios inteligentes (smart buildings), cidades inteligentes (smart cities) e redes elétricas inteligentes (smart grid). E o terceiro, considerado mais disruptivo, engloba o blockchain, a impressão 3D e a robótica.

Para o presidente do CTE, Roberto de Souza, o cenário de inovação e empreendedorismo do Vale do Silício é muito sofisticado e envolve corporações, grandes empresas, empreendedores, startups, investidores e usuários de novas tecnologias. “Esse ecossistema, que inclui universidades como Stanford, Berkeley, e a própria Singularity University, cria um ambiente muito favorável para o desenvolvimento”, afirma, complementando: “Todas as startups que visitamos estavam ligadas à captura de dados de qualquer natureza (seja de projetos, de obras, de real state, do cliente, entre outros aspectos), à análise e ao aprendizado a partir dos resultados”.

Das lições aprendidas, Souza destaca que a transformação digital está acontecendo em todos os setores e vai impactar a construção civil também, considerada a menos digitalizada no mundo inteiro: “O setor precisa se modernizar a partir de dois focos: primeiro por meio do produto (smart building ou smart cities) e depois por meio de processos, passando por todo o negócio. As empresas precisam identificar o que vem acontecendo no mundo, qual o impacto no Brasil e como se apropriar disso”.

Dentro do Vale do Silício, a previsão do volume de capital investido no mercado de construtech, apenas em 2018, é de mais de US$ 1,6 bilhão. Uma das razões deste valor ser tão elevado está relacionada ao grau de maturidade das startups. As empresas seguem uma classificação de acordo com o seu nível de maturidade que, em um estágio inicial, varia de “Anjo” e “Semente” até as Séries A e B, e evoluindo para as Séries C, D, E e F, em estágios mais avançados. As startups Série C, que já têm produtos/serviços comprovados com o mercado e estão buscando investimentos para expansão em larga escala, novas fontes de mercado e novas fontes de receita, representam US$ 1 bilhão desta fatia.

Estas foram as construtechs visitadas pelas empresas brasileiras:

. 3DR: atua com drones inteligentes para serviços de mapeamento para o setor da construção.

. Alice Technologies: desenvolve software com inteligência artificial para planejamento e gerenciamento de obras.

. Apis Cor: cria projetos de construção impressos em 3D e possibilita a construção de casas ecológicas.

. HelloAlex: oferece uma ferramenta de relacionamento direto e rápido dos agentes imobiliários com seus clientes e leads, com tecnologia IA.

. idevelop.city: aplica tecnologia em 3D para prospecção de oportunidades imobiliárias na cidade e envelopamento do potencial de novos empreendimentos nos prováveis locais de construção.

. indus.ai: desenvolve tecnologia para monitoramento em tempo real da obra, detectando anomalias, progresso e gerando insights acionáveis, a partir da captura e análise de dados com tecnologia IA e visão computacional dos canteiros de obras.

. OpenSpace: elabora tecnologia para acompanhamento de todos os detalhes e o progresso de um projeto, por meio de um mapa interativo de 360º de cada ambiente de trabalho, com zero mão de obra e zero infraestrutura.

. PlanGrid: desenvolve software de gestão da produtividade na construção.

. Rhumbix: fornece uma plataforma móvel para gerenciar atividades de construção.

. Safesite: desenvolve software de gestão da segurança do trabalho.

. Plug and Play: a maior aceleradora do Vale do Silício, que já investiu em mais de 1.600 startups.

Participaram da ação as empresas AutoDoc, BKO Incorporadora, BN Engenharia, CTE, Direcional Engenharia, GAAZ Arquitetura, MRV Engenharia, Rocontec Construções, R. Yazbek Desenvolvimento Imobiliário, Saint-Gobain, Sinco Engenharia, Tarjab Incorporadora e Tegra Incorporadora.

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