Edição 359 Dezembro 2024
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Sexta, 17 De Janeiro De 2025
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Publicado na Edição 265 Fevereiro 2017

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Sustentabilidade urbana com ciência

Contribuir para que todos possam compreender a importância das cidades se desenvolverem de modo sustentável

Sustentabilidade urbana com ciência

Com o objetivo de fomentar o debate e incentivar a produção científica e tecnológica na área de sustentabilidade urbana, de 25 a 27 de outubro acontecerá na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em São Paulo, o I Simpósio Nacional de Gestão e Engenharia Urbana (Singeurb). Com o tema “Cidades e Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, o objetivo é aproximar o meio acadêmico dos principais atores e operadores das políticas públicas, criando uma sinergia para que ambos os lados se beneficiem.

Interessados em apresentar projetos nas áreas de Gestão e Planejamento Urbano, Transporte e Mobilidade, Saneamento e Recursos Hídricos, Geotecnia e Geoprocessamento, Urbanismo, Habitação e Tecnologias Aplicadas, podem enviar resumos até 10/03 em www.singeurb2017.faiufscar.com

O professor Alex Kenya Abiko, docente em Gestão Urbana e Habitacional na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), já confirmou presença. “O Singeurb é uma importante oportunidade de conhecer o que de mais atual está sendo produzido em engenharia urbana no país e também para os pesquisadores divulgarem seu trabalho a um conjunto importante de especialistas nesta área de atuação”, afirma o docente.

Abiko acrescenta que a ciência tem um papel fundamental na conscientização das instituições políticas brasileiras em relação aos problemas enfrentados nas cidades, seja elaborando diagnósticos precisos, gerando informações e propondo políticas que sejam eficientes, inclusivas e compatíveis com os recursos financeiros, tecnológicos e naturais existentes. Porém, no Brasil, segundo o especialista, a distância entre a academia e os gestores públicos é grande, o que não contribui para a adoção de novas tecnologias urbanas eficientes e de custo adequado.

“Infelizmente observamos no país a adoção de tecnologias urbanas que ainda não foram suficientemente testadas”, lamenta Abiko. Para ele, outra grande dificuldade é fazer a sociedade entender que esta é uma questão importante: “A academia precisa fornecer informações embasadas cientificamente que contribuam para que todos possam compreender a importância das cidades se desenvolverem de modo sustentável”.

Segundo o pesquisador, a articulação da comunidade científica brasileira e internacional poderia contribuir mais para o desenvolvimento de novas tecnologias urbanas se a interação fosse maior: “A comunidade científica internacional é mais respeitada e ouvida pelos gestores públicos de seus países, o que faz com que as novas tecnologias urbanas e as técnicas de gestão pública estejam mais avançadas por lá. Há experiências exemplares em alguns países quanto aos sistemas de transporte, coleta e tratamento de lixo, drenagem, dentre outros”.

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