Meu filho é daltônico!
Como prevenção do daltonismo – conhecido como discromatopsia ou discromopsia –, o oftalmologista Hallim Feres Neto sugere a observação das crianças de diferentes faixas etárias, para constatar a incapacidade ou diminuição da capacidade de ver a cor ou perceber as diferenças de cor em condições normais de iluminação. “No geral, as crianças são muito boas em esconder as próprias deficiências”, diz o especialista: “Elas se adaptam e acham ‘normal’ enxergar assim. As primeiras suspeitas surgem ao ver um desenho com cores estranhas”.
Na faixa de três a sete anos é importante conferir se a criança precisa de mais tempo para processar informações que usem cores, pois ela procurará por outras pistas (não coloridas): “Veja se ela usa cores inadequadas no desenho ou pintura, como, por exemplo, folhas roxas em árvores, grama marrom, cachorro vermelho”, afirma Fere Neto.
No caso de crianças de sete a 12 anos, ele sugere que seja observado se a criança escolhe cores inadequadas ao completar planilhas, desenhos e diagramas, como, por exemplo, rios roxos; ou ele pede ao adulto para conferir informações em textos online ou páginas da web coloridas.
Sobre os adolescentes, atenção para a dificuldade em seguir informações codificadas por cores apresentadas em gráficos e diagramas e se acha difícil interpretar informações em quadros interativos ou projetadas em telas. Ele explica que o portador da doença geralmente tem dificuldade em interpretar mapas, gráficos de pizza de cores e resultados de experimentos científicos; de perceber qual a cor do LED do celular que está piscando; e tem notas inesperadamente baixas em matérias que domina quando usa ferramentas online para entregar trabalhos.