Dieta que se torna vilã
Independente da dieta restritiva que for adotada, é importante manter uma alimentação balanceada e muita hidratação, não só durante o período de dieta, mas durante todo o ano. Segundo orientam os especialistas, a má alimentação e a falta de hidratação podem trazer problemas para a saúde.
As dietas restritivas são aquelas que reduzem a quantidade de calorias ingeridas, variando de 600 a 800 calorias ao dia. Essas restrições geralmente são feitas à custa da remoção de um ou outro nutriente da dieta diária, como a exclusão dos carboidratos.
Uma pessoa saudável gasta em torno de 22 a 35 calorias por quilo ao dia para realizar suas atividades normais, sem contar os 15% a mais para as questões de sobrevivência. Considerando, por exemplo, um paciente com 80 quilos, sem contar atividade física, tem um gasto médio de duas mil calorias ao dia.
Quando a pessoa escolhe fazer uma dieta que restrinja a quantidade de calorias ingeridas, seu corpo continua gastando energia, o que de fato proporcionará uma perda de peso inicial. “Contudo, ao perceber esse menor aporte de calorias, o corpo começa a se defender e busca um modo mais econômico para viver. Por esse motivo perde-se de fato uma quantidade de peso maior, depois isso diminui gradativamente, porque o nosso corpo se adapta a nova rotina restritiva”, explica Celso Cukier, nutrólogo do Hospital São Luiz Morumbi, na capital paulista.
Outro ponto está relacionado às células de gordura, pois, em um primeiro momento, elas apenas diminuem de tamanho e não são eliminadas. Após duas ou três semanas, o paciente volta a comer normal e as células, então, se enchem rapidamente de gordura. Ao atingirem seu tamanho máximo, automaticamente fabricam nova célula de gordura, o que pode terminar em um peso maior do que antes de iniciar a dieta.