Diagnóstico precoce transforma
Doença neurológica crônica que afeta o sistema nervoso central, que inclui o cérebro e a medula espinhal, a Esclerose Múltipla (EM) atinge cerca de 40 mil pessoas no país e, com diagnóstico precoce e tratamento adequado, o paciente pode ter vida normal. “As células do sistema imunológico atacam por engano uma proteína do sistema nervoso central chamada mielina, responsável pela agilidade da condução dos impulsos nervosos, que governam as funções motoras, sensitivas e cognitivas do organismo. Por essa razão, quando a doença não é diagnosticada rapidamente e tratada de forma adequada, pode levar a lesões no sistema nervoso central, comprometendo diversas funções, desde as mais tênues, como formigamento em alguma região do corpo, àquelas mais graves como paralisia”, alerta Leonardo de Deus Silva, coordenador da área de Neurologia e Neurocirurgia do Vera Cruz Hospital, de Campinas, no interior paulista.
Doença inflamatória e autoimune, as mulheres têm predisposição maior, numa proporção de três para cada homem. O diagnóstico, na maior parte dos casos, ocorre entre os 20 e os 40 anos, com maior incidência em pessoas brancas, com descendência europeia, embora possa acometer outros grupos. Entre os sintomas, distúrbios visuais, com visão embaçada, borrada ou dupla, e/ou dor ocular; alterações sensoriais, com formigamento em alguma parte do corpo, dormência, sensação de queimação, e perdas de sensibilidade e força; problemas de coordenação, com desequilíbrio, tontura, instabilidade ao andar; dificuldade de concentração e raciocínio e perda de memória.