Especialista em pequenos espaços
Com a experiência no décor de interiores, tanto em espaços generosos, de 600 metros quadrados, quanto a reduzidos 26 metros quadrados, a arquiteta Regina Arruda não esconde a preferência pelos menores – especialmente pelo desafio de criar soluções que agreguem bom gosto, funcionalidade, qualidade de vida e garantam a satisfação do cliente. “O espaço pequeno é o meu forte”, afirma a profissional: “É preciso estudar cada detalhe e combinar com as necessidades de quem vai morar, sem deixar o ambiente sufocante”.
Com idas e vindas entre Santos e a capital paulista, Regina está completando 40 anos de atuação no segmento, e coleciona projetos realizados nas cidades da Baixada Santista, assim como na capital e interior de São Paulo, e até mesmo em Milão – para um caso especialíssimo, que contou com atendimento virtual.
Entre as dicas para definir o melhor aproveitamento do espaço, a arquiteta comenta o ritual de cada novo projeto, desde o primeiro encontro, de preferência no local, para saber preferências e necessidades do cliente, até o momento de propor revestimentos, cores, espelhos, entre os diferentes recursos que, quando bem empregados, proporcionam sensação de amplitude e conforto. “Quando as escolhas não são adequadas, o resultado pode ser inverso, com a impressão de diminuir em vez de ampliar o ambiente”, pondera, citando o cuidado no uso do branco: “Se for tudo branco, você não vê profundidade! É preciso ter tons, para marcar onde termina uma coisa e começa outra”.
É assim que Regina entende a Arquitetura e a decoração de interiores, como a arte de combinar os conhecimentos sobre as características do espaço, suas dimensões, com aspectos da Psicologia e relações humanas: “Quando a construtora faz um prédio, o apartamento é pensado para uso geral. Só que cada pessoa tem necessidades próprias; e, se o espaço for pequeno, tem que pensar muito no que vai colocar e como”.
A profissional considera que a tendência das cozinhas integradas facilita bastante os ambientes compactos. Sem parede dividindo é necessário que as coisas estejam bem arrumadas, eletrodomésticos menores e mobiliário sob medida, sempre observando a distância necessária para valorizar a acessibilidade. “Encaro esta fase como um quebra cabeça”, sintetiza, ao revelar que estuda as dimensões do espaço em programa AutoCAD e utiliza a tecnologia 3D para apresentação do projeto ao cliente.
A compra dos produtos e materiais necessários à obra dependerá de cada caso. “A Baixada Santista tem boas lojas e fornecedores e, de acordo com o perfil de cada um, procuro direcionar considerando o que o cliente pretende gastar, indicando tanto a Rede Conceito, quanto o Clube Casa e o Clube Design. Utilizo todos, entre outras lojas que não são de clube nenhum, mas têm bons produtos e bom preço. Como faço muito espaço pequeno, o cliente não quer gastar muito. Procuro quem tenha qualidade e atendimento com preço melhor; não posso pensar só em boutique”.
Da mesma forma, a execução vai depender de cada situação, podendo atuar com empreiteiros locais que já trabalharam em obras anteriores, ou apresentados pelos próprios clientes. “A experiência ensina nunca testar antes de conhecer”, frisa Regina.