Edição 350Março 2024
Quinta, 18 De Abril De 2024
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Publicado na Edição 308 Setembro 2020

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Sustentabilidade na cadeia automotiva

Etanol pode ser a solução sustentável em vez de se colocar todas as fichas no veículo elétrico

Sustentabilidade na cadeia automotiva

Nelson Tucci

A ociosidade ainda é grande, mas a indústria automotiva reage bem na pandemia. Haverá fusões e aquisições no setor e aporte de investimentos em inovação para que o Brasil possa manter o parque instalado e concorrer com os players internacionais.

Para o presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Calvet, o Rota 2030 espelha uma das melhores políticas automotivas do mundo.

Durante live promovida pela Bright Consulting, com apoio da ABDI, o CEO da Bright, Paulo Cardamone, demonstrou preocupação com a velocidade das transformações ao afirmar que “o setor esteve claudicante, sob risco de extinção” no primeiro semestre do ano. Segundo ele, a pandemia atingiu o Brasil no exato instante em que se experimentava uma recuperação econômica local.

“Precisamos de um planejamento para tornar toda a cadeia sustentável – do desenvolvimento do veículo à reciclagem”, disse ele, defendendo uma política ESG, baseada em governança e gestão socioambiental, sem abrir mão da tecnologia.

Entre os especialistas convidados houve consenso para que a indústria nacional tenha condições de enfrentar a concorrência externa, algumas vezes estimulada pelas próprias marcas já instaladas por aqui fomentando a disputa das filiais. Investimentos em tecnologia é uma das saídas apontadas, ao lado da utilização de recursos próprios, como o etanol; isto é, o biocombustível brasileiro pode ser a solução sustentável em vez de se colocar todas as fichas no veículo elétrico, que evolui no exterior.

O país deverá produzir neste ano aproximadamente 1,9 milhão de veículos, usando apenas 45% da capacidade instalada. Apesar do tombo em abril e maio, a cadeia automotiva reagiu rápido, constata Cardamone, ao destacar o desempenho dos usados – já chegando aos mesmos níveis de vendas de 2019. Em sua análise, em breve a comercialização de novos deverá atingir entre 80% e 90% do patamar do ano passado. Número distante dos 3,5 milhões de veículos pretendidos, mas bastante razoável em função da nova realidade que assolou o mundo neste ano.

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