DNA 100% urbano

Nelson Tucci

Agilidade ou economia? Não dá pra querer tudo nesta vida, não é? Com alguns carros acontece o mesmo. No caso, o Mobi da Fiat nos coloca claramente esta opção com o antigo motor 1.0 Fire, de 4 cilindros. Com um bonito design, desde seu lançamento em 2016, e um jeitão todo esportivo, o carro não nega o DNA urbano.

Fácil de dirigir e estacionar, possui sensor de ré, espelhos regulados eletronicamente e um conjunto no painel corta fogo facilitando conexões Bluetooth, entrada USB e volante multimídia, além das rádios tradicionais.

As rodas são de liga leve, aro 14, emprestando-lhe certa presença para quem curte o mundo off road. É carro para uma ou duas pessoas andarem de maneira confortável, na cidade. Se for viajar, não espere muito do porta-malas; pois este é mais um porta-bolsas, com 235 litros, e um espaço justo para duas pessoas no banco traseiro (que, aliás, rebatem). A suspensão (com novos amortecedores e barra estabilizadora) é a do Uno, assim como a direção, o câmbio, o painel etc.

Consideramos o porta-óculos, afixado no teto, desnecessário, pois quem tem mais de 1,80 m de altura precisa entrar com muito cuidado no veículo. A sensação é de que é mais bonito por fora, uma vez que por dentro ele é bem básico, para os seus 30 e poucos mil reais.

Mas se de um lado você precisa esgoelar o carro para ele andar forte, é um modelo ótimo para quem não tem pressa e só anda na boa. No etanol (quando atinge até 75 cv de potência) fizemos um máximo de 9,6 km/litro e 17,3 km/litro com gasolina (sempre andando em velocidade constante, com o pé levezinho e sem forçar as marchas), ambos na estrada. Na cidade ele fez 10,8 km/l com gasolina. Um motor novo, 1.0 de três cilindros, poderia manter a economia e dar agilidade ao mesmo tempo. Quem sabe já aconteça isto na próxima avaliação.

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Mobi da Fiat é para quem prefere o estilo à pressa