Edição 351Abril 2024
Quinta, 25 De Abril De 2024
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Publicado na Edição 269 Junho 2017

Acervo FAMS

Templo gótico na orla

Basílica Santo Antônio do Embaré: foto da década de 1920

Templo gótico na orla

A Basílica Menor de Santo Antônio do Embaré surgiu como uma pequena capela, em 1875, construída por ordem de Antonio Ferreira da Silva (o Visconde do Embaré), na chácara de sua propriedade, frontal à orla da praia da Barra. Após a morte do emérito santista, em 1887, a capela passou por um processo de degeneração, até que, em 1910, foi reformada.

Nos anos seguintes, com o aumento de residências na região da orla, viu-se a necessidade de ampliar o templo, a fim de atender a demanda de novos fiéis. Assim, com a ajuda das damas da sociedade emergente, iniciou-se uma série de ações no sentido de coletar donativos junto às famílias mantenedoras de palacetes e casarões de veraneio. Com o dinheiro arrecadado, a capela passou por ampla reforma, num projeto assinado por Maximiano Hehl (o mesmo da Catedral de Santos e do Castelinho dos Bombeiros).

Construída em estilo gótico, o templo contemplou pequeninas ogivas e rosáceas, além de uma torre de vinte metros de altura. Em 1915, ao final das obras, a capela passou a ter vinte e três metros de comprimento por seis metros de largura. Na frente destacava-se, em pequeno nicho, o orago Santo Antonio, colocado por cima da rosácea central, com vidros e vitrais da famosa casa Conrado Sorgenicht.

Igreja dentro da outra

Duas décadas mais tarde, o lugar voltou a sofrer nova ampliação, desta vez numa obra bastante curiosa. Iniciada em 13 de julho de 1930, o futuro templo surgindo em torno da antiga capela, como uma igreja dentro da outra. Em abril de 1931, ela já estava revestido de novas torres e, em 1934, foi a vez de inaugurar o altar-mor. As obras se arrastaram por anos, sendo concluídas apenas em 1946.

Em 1953, o templo foi elevado à categoria de Basílica, a primeira de Santos. Em 1956, a municipalidade ofereceu de presente uma estátua de Santo Antônio, instalada defronte ao prédio, que está lá até os dias de hoje.

Conheça o trabalho desenvolvido pela Fundação Arquivo e Memória de Santos: acesse o site www.fundasantos.org.br

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