Edição 350Março 2024
Quinta, 18 De Abril De 2024
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Publicado na Edição 253 Fevereiro 2016

Acervo FAMS

Teatro Coliseu. Palco de pioneirismos e muita arte

Coliseu na década de 1950: cinema era a principal atração local

Teatro Coliseu. Palco de pioneirismos e muita arte

Inaugurado em 1897 como um velódromo (pista de corrida para bicicletas), funcionou assim até 1903. Dois anos depois foi comprado por Francisco Serrador Carbonell, um dos introdutores do cinema no Brasil, que ali mandou instalar uma tela e palco para encenações teatrais. Nominado Colyseu Santista, foi inaugurado em 23 de julho de 1909. O espaço passou a receber renomados artistas, nacionais e internacionais, assim como abrigou animados bailes de Carnaval.

Em 1923 foi vendido para o empresário santista Manuel Fins Freixo, também do ramo do cinema, que não se contentou com o velho espaço acanhado e mandou reformá-lo. Após um ano de obras, inaugurou-o em 21 de junho de 1924 (a arquitetura atual). Com excelente acústica, ricos lustres de cristais, finíssima pintura filetada, escadarias de mármore, cortinas de veludo, plateia em aclive, amplo hall com colunas de granito e imponente fachada, o novo espaço era tão majestoso, que sua fama correu pelo país, sendo classificado entre os melhores do Brasil.

Inovação – O Coliseu foi palco da estreia do cinema falado em Santos, em 28 de setembro de 1929. Daí em diante, a sétima arte tomou conta da maior parte das atrações do lugar. Na década de 1950, os filmes ocupavam muito mais espaço na agenda do Coliseu do que as encenações teatrais.

Com a redução da capacidade cênica do teatro, Freixo retalhou o hall de entrada do teatro, construindo lojas comerciais com frente para as ruas Amador Bueno e Braz Cubas. Essas mudanças marcam o início da decadência do Coliseu, que passou a exibir filmes e shows pornográficos a partir da década de 1970.

Em setembro de 1992, o Coliseu foi declarado de Utilidade Pública. Dois anos mais tarde foi dado início às obras de restauração, para devolver as belezas originais do velho teatro. As obras se arrastaram por doze anos. Somente em janeiro de 2006 é que o Coliseu reabriu as portas, para até hoje oferecer seu brilho aos santistas.

Conheça o trabalho desenvolvido pela Fundação Arquivo e Memória de Santos: acesse o site www.fundasantos.org.br

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