Progresso para a Baixada Santista

Depois da inauguração da nova estrada para o litoral paulista, a Rodovia Anchieta, em 22 de abril de 1947, São Paulo conheceu um novo ciclo de desenvolvimento, em especial o verificado nas cidades da Baixada Santista, que testemunharam o surgimento do polo petroquímico siderúrgico de Cubatão e o crescimento do setor imobiliário, aliado ao aumento substancial de turistas e veranistas em busca de sossego e lazer durante as temporadas de Verão.

O velho Caminho do Mar (SP-148) já não suportava o volume de trânsito entre o Planalto e a Baixada já nos anos finais da década de 1930. Fora neste período que o jovem interventor de Getúlio Vargas no governo paulista, Adhemar Pereira de Barros, de 38 anos de idade, resolveu colocar a primeira pá de concreto no novo caminho que ligaria a capital à importante cidade portuária e balneária de Santos. Quis o destino que, oito anos depois, desta vez como governador eleito, ele teria a primazia de inaugurar a primeira pista (a Pista Norte) da obra por ele idealizada.

A festividade ocorreu, estrategicamente, na data natalícia de Barros, que completava 46 anos de idade. Feliz como uma criança, o governador foi pendurado na porta do carro que liderou o comboio desde o alto da Serra do Mar, passando pela multidão que o aguardava pelo caminho, desde Cubatão. Ao final, foi recepcionado no Parque Balneário Hotel, com almoço festivo promovido pela Associação Comercial de Santos.

A Rodovia foi batizada de Anchieta em homenagem ao velho padre jesuíta dos tempos coloniais, que era frequentador assíduo dos antigos caminhos indígenas da serra.

A segunda pista da Rodovia Anchieta só seria inaugurada em 9 de julho de 1953.

Conheça o trabalho desenvolvido pela Fundação Arquivo e Memória de Santos: acesse o site www.fundasantos.org.br