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Publicado em 9/07/2019 - 7:40 am em | 0 comentários

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Vivência na comunidade quilombola mais antiga do Vale do Ribeira

Ivaporunduva: saberes e tradições de ancestrais africanos

Vivência na comunidade quilombola mais antiga do Vale do Ribeira

A Plana Turismo de Experiência promove de 26 a 28 vivência no Quilombo Ivaporunduva, em Eldorado, no Vale do Ribeira. Depois de consolidar as vivências no Quilombo da Fazenda, em Ubatuba, no litoral Norte, a agência preparou uma vivência especial para os viajantes conhecerem de perto a história e a cultura da comunidade mais antiga do Vale do Ribeira.

Os moradores do Quilombo Ivaporunduva preservam os saberes e as tradições de seus ancestrais africanos e vivem uma trajetória de muita luta e resistência desde sua formação no século XVII. O objetivo da vivência é contribuir para a valorização e a preservação da cultura local e proporcionar aos viajantes a rica experiência de se conectar com novas pessoas, lugares e culturas.

Liliane Jacintho, sócia da Plana Turismo de Experiência, afirma que a viagem é a oportunidade de vivenciar o dia a dia de uma comunidade que pulsa tradição, resistência, sabores e memórias de um passado muito presente: “Será uma viagem de muitas conexões, repleta de história, cultura, ancestralidade e natureza. Convidamos a todos para embarcar conosco nessa imersão cultural e viver essa experiência única”.

A Plana já promoveu uma série de vivências, rodas de conversa e debates sobre a importância da preservação e da valorização das comunidades tradicionais. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), o turista do século XXI deseja “viajar para destinos onde mais do que visitar e contemplar seja possível também sentir, viver, emocionar-se e ser personagem de sua própria viagem”.

“Os viajantes estarão imersos numa atmosfera cultural muito rica e em uma natureza exuberante”, destaca Samanta Mazzolini, também sócia da Plana, em alusão a fama do Vale do Ribeira de “a Amazônia Paulista”. Localizada entre o sul do estado de São Paulo e o norte do Paraná, a região é a que concentra o maior número de comunidades remanescentes de quilombos de todo o estado de São Paulo – são 57, segundo a Fundação Palmares –, além de ter a maior área de Mata Atlântica preservada no Brasil.

Esta é a programação:

. Roda de conversa: momento de conhecer a história da formação do quilombo, as lutas, conquistas e resistência da comunidade, contados por uma das lideranças do Quilombo.

. Oficina de artesanato: os viajantes aprenderão a confeccionar artesanato de fibra de bananeira desde a retirada da fibra no caule da bananeira, até a tecelagem no tear.

. Oficina garimpo do ouro: o objetivo é conhecer como os escravizados faziam o garimpo e mineração do ouro de aluvião, em um momento de entender a história de colonização do Vale do Ribeira.

. Oficina de gastronomia: uma atividade completa, para entender os processos do plantio e colheita até o preparo do alimento. O almoço de domingo será fruto dessa atividade.

. Noite cultural: uma apresentação de violeiros para os viajantes se conectarem com as músicas raízes da comunidade.

Além das atividades programadas, haverá espaços livres para conhecer o quilombo, interagir com as pessoas, criar conexões com o ambiente e com o próprio grupo e compartilhar os momentos das refeições.

A chegada é prevista para a noite de sexta, 26, com jantar e acomodação na pousada, para otimizar o tempo e aproveitar melhor o final de semana. As crianças são bem-vindas e aquelas com até cinco anos de idade não pagam.

A vivência inclui no valor:

. Transporte saindo de São Paulo;

. Hospedagem na pousada do quilombo (quarto coletivo com banheiro);

. Refeições (café-da-manhã, almoço e jantar);

. Atividades previstas na programação acompanhadas por monitores locais;

Assessoria da equipe da Plana.

Comunidade mais antiga do Vale do Ribeira, surgida como um povoado no século XVII antes mesmo da fundação de Xiririca, antigo nome de Eldorado, Ivaporunduva é marcada pela hospitalidade, alegria e espírito de luta de seu povo.

A origem do quilombo remonta ao século XVI, quando a proprietária de terras e escravos dona Maria Joana retornou a Portugal (ou, como em outros relatos, faleceu sem deixar herdeiros), deixando a terra a seus escravos.

Ladeada pelo caudaloso rio Ribeira de Iguape, que banha os estados do Paraná e de São Paulo com suas águas em tons café com leite, o povoado é composto por 400 habitantes e 110 famílias.

Localizada a 55 quilômetros de Eldorado, a comunidade vive do plantio da banana (sobretudo orgânica), do turismo cultural e do artesanato.

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