Vivência na comunidade quilombola mais antiga do Vale do Ribeira
A Plana Turismo de Experiência promove de 26 a 28 vivência no Quilombo Ivaporunduva, em Eldorado, no Vale do Ribeira. Depois de consolidar as vivências no Quilombo da Fazenda, em Ubatuba, no litoral Norte, a agência preparou uma vivência especial para os viajantes conhecerem de perto a história e a cultura da comunidade mais antiga do Vale do Ribeira.
Os moradores do Quilombo Ivaporunduva preservam os saberes e as tradições de seus ancestrais africanos e vivem uma trajetória de muita luta e resistência desde sua formação no século XVII. O objetivo da vivência é contribuir para a valorização e a preservação da cultura local e proporcionar aos viajantes a rica experiência de se conectar com novas pessoas, lugares e culturas.
Liliane Jacintho, sócia da Plana Turismo de Experiência, afirma que a viagem é a oportunidade de vivenciar o dia a dia de uma comunidade que pulsa tradição, resistência, sabores e memórias de um passado muito presente: “Será uma viagem de muitas conexões, repleta de história, cultura, ancestralidade e natureza. Convidamos a todos para embarcar conosco nessa imersão cultural e viver essa experiência única”.
A Plana já promoveu uma série de vivências, rodas de conversa e debates sobre a importância da preservação e da valorização das comunidades tradicionais. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), o turista do século XXI deseja “viajar para destinos onde mais do que visitar e contemplar seja possível também sentir, viver, emocionar-se e ser personagem de sua própria viagem”.
“Os viajantes estarão imersos numa atmosfera cultural muito rica e em uma natureza exuberante”, destaca Samanta Mazzolini, também sócia da Plana, em alusão a fama do Vale do Ribeira de “a Amazônia Paulista”. Localizada entre o sul do estado de São Paulo e o norte do Paraná, a região é a que concentra o maior número de comunidades remanescentes de quilombos de todo o estado de São Paulo – são 57, segundo a Fundação Palmares –, além de ter a maior área de Mata Atlântica preservada no Brasil.
Esta é a programação:
. Roda de conversa: momento de conhecer a história da formação do quilombo, as lutas, conquistas e resistência da comunidade, contados por uma das lideranças do Quilombo.
. Oficina de artesanato: os viajantes aprenderão a confeccionar artesanato de fibra de bananeira desde a retirada da fibra no caule da bananeira, até a tecelagem no tear.
. Oficina garimpo do ouro: o objetivo é conhecer como os escravizados faziam o garimpo e mineração do ouro de aluvião, em um momento de entender a história de colonização do Vale do Ribeira.
. Oficina de gastronomia: uma atividade completa, para entender os processos do plantio e colheita até o preparo do alimento. O almoço de domingo será fruto dessa atividade.
. Noite cultural: uma apresentação de violeiros para os viajantes se conectarem com as músicas raízes da comunidade.
Além das atividades programadas, haverá espaços livres para conhecer o quilombo, interagir com as pessoas, criar conexões com o ambiente e com o próprio grupo e compartilhar os momentos das refeições.
A chegada é prevista para a noite de sexta, 26, com jantar e acomodação na pousada, para otimizar o tempo e aproveitar melhor o final de semana. As crianças são bem-vindas e aquelas com até cinco anos de idade não pagam.
A vivência inclui no valor:
. Transporte saindo de São Paulo;
. Hospedagem na pousada do quilombo (quarto coletivo com banheiro);
. Refeições (café-da-manhã, almoço e jantar);
. Atividades previstas na programação acompanhadas por monitores locais;
Assessoria da equipe da Plana.
Comunidade mais antiga do Vale do Ribeira, surgida como um povoado no século XVII antes mesmo da fundação de Xiririca, antigo nome de Eldorado, Ivaporunduva é marcada pela hospitalidade, alegria e espírito de luta de seu povo.
A origem do quilombo remonta ao século XVI, quando a proprietária de terras e escravos dona Maria Joana retornou a Portugal (ou, como em outros relatos, faleceu sem deixar herdeiros), deixando a terra a seus escravos.
Ladeada pelo caudaloso rio Ribeira de Iguape, que banha os estados do Paraná e de São Paulo com suas águas em tons café com leite, o povoado é composto por 400 habitantes e 110 famílias.
Localizada a 55 quilômetros de Eldorado, a comunidade vive do plantio da banana (sobretudo orgânica), do turismo cultural e do artesanato.