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Publicado em 23/03/2022 - 7:00 am em | 0 comentários

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Santos lidera ranking de saneamento entre os 100 maiores municípios

Situação no Brasil ainda preocupa

Santos lidera ranking de saneamento entre os 100 maiores municípios

Pelo terceiro ano seguido Santos é a primeira colocada no ranking do saneamento do Instituto Trata Brasil, que está na 14ª edição. O levantamento, realizado em parceria com a GO Associados, considera indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), de 2020, publicado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Desde 2009 o instituto monitora os indicadores dos 100 municípios brasileiros mais populosos.

De acordo com o ranking, Santos possui fornecimento de água potável para todas as residências e trata 100% do esgoto de acordo com o volume de água consumido. Os indicadores também mostram que o município possui 99,93% das residências interligadas com a rede de tratamento de esgoto, com 97,60% de coleta realizada na área urbana. Santos é ainda a cidade com o menor índice de desperdício de água durante o processo de distribuição entre os municípios paulistas analisados. No ranking nacional, ocupa a segunda colocação, com 14%. Neste quesito perde apenas para Nova Iguaçu/RJ. 

O prefeito Rogério Santos vê o resultado como um incentivo para a continuidade de projetos municipais que visam aumentar ainda mais a cobertura de saneamento: “Hoje é impensável falar em desenvolvimento social e urbano sem a sustentabilidade. O resultado do estudo mostra que Santos, uma cidade pioneira em saneamento com o planejamento de Saturnino de Brito, está no caminho certo. Trata-se de um trabalho fundamental, que muitas vezes não é aparente para a população, mas que influencia diretamente na qualidade de vida que temos aqui”.

Pesquisador do instituto, Pedro Scazufa afirma que Santos se destaca positivamente por “ter alcançado indicadores próximos da universalização, tanto em tratamento de água como de esgoto, já tendo inclusive atingido metas de saneamento, preconizadas pelo governo federal, para serem alcançadas em 2033”.

Enquanto a cidade se destaca em todos os indicadores, a situação no Brasil ainda preocupa, como mostra o relatório produzido pelo Trata Brasil. A ausência de acesso à água tratada atinge quase 35 milhões de pessoas e 100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto, refletindo em inúmeras doenças. Os dados do SNIS apontam que o país ainda tem dificuldade com o tratamento do esgoto – somente 50% do volume gerado são tratados.

A evolução nos índices de tratamento de esgoto observados no município está diretamente ligada ao trabalho de urbanização de moradias irregulares e remoção de famílias de palafitas, garantindo acesso total ao saneamento básico. Em 2019 foi concluída a transferência das famílias das antigas comunidades do Mangue Seco e Butantã para conjuntos habitacionais, com a recuperação ambiental destas áreas. No mesmo ano foi entregue o Santos U, empreendimento de 680 apartamentos, na Caneleira, para moradores de regiões vulneráveis da Zona Noroeste.

Além das moradias já entregues, mais 1.120 unidades habitacionais estão em obras no Conjunto Habitacional Tancredo Neves III, que representa o maior empreendimento habitacional construído pela Cohab Santista nos últimos 30 anos. Outros três conjuntos ainda estão previstos para os próximos anos e deverão retirar mais 1.014 famílias santistas das palafitas, são eles: Santos Y/Bananal, na Caneleira, Santos Z, no Jabaquara, e Prainha 2, no Beira Rio.

Está em fase de estudos o Parque Palafitas, que tem como objetivo urbanizar uma parte do Dique da Vila Gilda, com a construção de moradias na área seca do mangue. Para isso a Prefeitura analisa a reorganização das atuais moradias construídas sobre o mangue, de forma irregular, buscando uma solução social, sustentável e técnica para criação de novas habitações.

A Prefeitura possui estudos ambientais, um deles derivado do projeto Santos Novos Tempos, que aponta cotas seguras para construção de moradias, levando em conta questões de enchentes, além de análises de viabilidade das fundações. Também já foram realizados levantamentos aerofotogramétricos (mapeamento de superfície via aérea), que permitem mensuras o número de moradias que precisarão ser construídas.

A ideia é a construção de conjuntos habitacionais na área seca do mangue, próximos à via, e de habitações com estrutura pré-fabricada (casas) sobre a água. Os prédios concentrarão a caixa d’água e deles ocorrerá a distribuição de energia elétrica e da estrutura de saneamento para todas as unidades.

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