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Publicado em 23/03/2016 - 10:15 pm em | 0 comentários

Memorial/Ivan Storti

Sábado, Éder Jofre comemora 80 anos em Santos

Éder Jofre: “Galinho de Ouro” receberá homenagem

Sábado, Éder Jofre comemora 80 anos em Santos

Bicampeão mundial pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB), reconhecido como o maior peso galo de todos os tempos, Éder Jofre vai comemorar seu 80º aniversário em Santos, a cidade que é considerada a “capital brasileira do boxe”.

A festa é organizada pelo empresário Pepe Altstut, presidente da Memorial Necrópole Ecumênica, e acontecerá no próximo sábado, 26, quando é celebrado o Dia Nacional do Boxe. A data foi instituída no país para homenagear o “Galinho de Ouro”, numa iniciativa legislativa do então deputado federal Acelino “Popó” Freitas.

Será a primeira vez na história do boxe nacional em que estarão reunidos os quatro brasileiros que conquistaram títulos mundiais de boxe: com Éder Jofre, o tetracampeão mundial Popó – três vezes pela Organização Mundial de Boxe (OMB) e uma pela Associação Mundial de Boxe (AMB), nas categorias super-pena e leve; Miguel de Oliveira, campeão mundial médio-ligeiro pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB); e Valdemir dos Santos Pereira “Sertão”, campeão mundial pena pela Federação Mundial de Boxe (FMB).

Outra lenda do boxe confirmou presença, Servílio de Oliveira, bronze na Olimpíada do México 1968, peso mosca, o primeiro e único brasileiro a conquistar uma medalha olímpica no boxe até 2012; e o pugilista em ascensão e que busca o título mundial, Yamaguchi Falcão, bronze na Olimpíada de Londres 2012 e detentor do cinturão latino do Conselho Mundial de Boxe (CMB), peso médio.

Segundo Pepe Altstut, ao sediar a festa do 80º aniversário de Éder Jofre, Santos reforça o título de “capital brasileira do boxe”. Praticante e grande incentivador do esporte, entre várias modalidades esportivas, Pepe lembra que no ano passado o Dia Nacional do Boxe também foi realizado na cidade com a inauguração de uma escultura, idealizada por ele, que está colocada em frente à Arena Santos, com os bustos de três campeões mundiais: Jofre, Popó e Miguel de Oliveira.

“A importância do legado de Éder Jofre é mundial, pois ele é reconhecido como o maior peso galo da era moderna”, avalia Pepe. “Ao cultuarmos a lenda estamos dando uma grande contribuição à atual e às futuras gerações, ensinando que a nobre arte promove a inserção social e molda cidadãos que fazem a diferença na comunidade em que atuam”.

80 Anos – Éder Jofre, o “Galinho de Ouro”, foi bicampeão mundial em duas categorias, galo e pena. Famoso pelo estilo técnico com forte pegada, seu cartel soma 81 lutas, sendo 75 vitórias, 52 por nocaute, 4 empates e 2 derrotas contestadas contra o japonês Harada.

Filho do pugilista argentino José Aristides Jofre, conhecido como “Kid Jofre” (1907-1974), Éder iniciou sua carreira em 1953 lutando como amador pelo São Paulo Futebol Clube e disputando os Jogos Olímpicos de Melbourne, em 1956.

Estreou como profissional em 1957 e no ano seguinte sagrou-se campeão brasileiro peso galo. Em 1960 conquistou o título sul-americano contra o argentino Ernesto Miranda. No mesmo ano mudou-se para os Estados Unidos e tornou-se campeão mundial pela National Boxing Association (NBA), vencendo o mexicano Eloy Sanchez por nocaute.

Em 1961 unificou os títulos da categoria galo ao vencer o irlandês Jhonny Caldwell, campeão da versão Europeia, conseguindo manter o título mundial até 1965, ganhando todas as lutas por nocaute. Em 1965, em resultado contestado, foi derrotado pelo japonês “Fighting” Harada. Em 1966, na revanche, outra derrota de Éder, de novo em resultado controverso.

Em 1970 Éder voltou aos ringues, lutando no peso pena. Foram 25 vitórias, sendo uma delas sobre o cubano José Legra, em 1973, que lhe valeu o título mundial do Conselho Mundial de Boxe (CMB) em uma categoria superior a que ele começou, tornando-se bicampeão mundial. Aposentou-se do boxe profissional em 1976.

É considerado por especialistas internacionais como o maior peso galo do boxe de todos os tempos, tendo ficado conhecido pelo apelido de “Galinho de Ouro”, dado pelo escritor Benedito Ruy Barbosa.

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