Recuperação, “pero no mucho”

Nelson Tucci

O setor de transportes, serviços auxiliares e correio registrou, em maio de 2020, crescimento de 4,6% em relação a abril deste ano –, aliás, abril é um mês para se esquecer, pois pegou o auge do início da pandemia, com praticamente toda a cadeia de produção automobilística paralisada, por exemplo. Já na comparação com maio de 2019, registra-se queda de 20,8% no volume de serviços prestados de transporte. Os números constam da nova edição do boletim “Economia em Foco”, da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado no último dia 16, utilizando dados da Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Ainda de acordo com a análise da CNT, após a queda histórica de 17,8% registrada em abril último, o mês de maio foi melhor para o transporte. O transporte aéreo teve alta de 9,2%, na comparação com o mês anterior, abril. No entanto, quando comparado com o mesmo mês de 2019, o aéreo registra uma brutal retração, acima de 75%, pelo segundo mês seguido. O transporte terrestre, por sua vez, a presentou crescimento de 6,6% em maio de 2020, sobre abril deste ano. Já em relação ao mesmo mês de 2019, há redução acima de 24,0%, também pelo segundo mês consecutivo.

O presidente da CNT, Vander Costa, avalia que a expectativa é que se mantenha uma tendência de continuidade da melhora dos indicadores a partir do mês de maio, mas ressalva ainda que os sinais do nível de atividade econômica pré-crise tendem a ser mais longos: “Maio nos deu a sensação de que iniciamos um processo lento de saída da crise em alguns segmentos do transporte, mas os números mostram ainda que estamos distantes do nosso desempenho potencial”.

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