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Publicado em 17/01/2020 - 7:24 am em | 0 comentários

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Prevenção e tratamento da Síndrome de Burnout, o “mal do século”

Doença é causada pela sobrecarga física ou mental e estresse excessivo

Prevenção e tratamento da Síndrome de Burnout, o “mal do século”

Burnout é uma síndrome psicológica decorrente da tensão emocional crônica, vivida pelos profissionais cujo trabalho envolve o relacionamento intenso e frequente com pessoas que necessitam de cuidado e/ou assistência. Reconhecida como um risco ocupacional, ou seja, uma doença profissional, a Síndrome de Burnout afeta 33 milhões de brasileiros e já foi classificada como síndrome crônica pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A neuropsicóloga Roselene Espírito Santo Wagner explica que a Síndrome de Burnout tem maior incidência em profissionais que atuam assistindo e cuidando de pessoas, como, por exemplo, nas áreas da saúde, educação, segurança pública (policiais) e outros: “Seu acometimento provém de sobrecarga física ou mental e estresse excessivo, relacionados ao trabalho, compreendendo exaustão emocional, distanciamento das relações pessoais e diminuição do sentimento de realização pessoal”.

Ela detalha que os sintomas se dividem em três grupos: Exaustão Emocional (EE), Despersonalização (D) e a Diminuição da Realização Pessoal (DRP).

A Exaustão Emocional é caracterizada pelo fato da pessoa encontrar-se exaurida, esgotada, sem energia para enfrentar um outro projeto, as outras pessoas e incapaz de recuperar-se de um dia para o outro. Evidenciam, desse modo, a experimentação psicofísica do indivíduo no limite de suas forças.

A Despersonalização é caracterizada pelo fato de a pessoa adotar atitudes de descrença, distância, frieza e indiferença em relação ao trabalho e aos colegas de trabalho. A despersonalização evidencia, nesse sentido, que Burnout não é somente a síndrome do profissional exausto, mas também do profissional indiferente e descomprometido em relação às pessoas com quem trabalha.

A Diminuição da Realização Pessoal é caracterizada pelo fato de a pessoa experimentar-se ineficiente, incapaz e certa de que seu trabalho não faz diferença.

A especialista aponta que os sintomas físicos e emocionais comumente relacionados à síndrome são: dores de cabeça, tensão muscular, distúrbios do sono, irritabilidade, sentimentos negativos que começam a afetar o relacionamento familiar e a vida em geral, propensão a largar o emprego e absenteísmo.

Roselene Wagner afirma que para prevenir a síndrome de modo eficaz o melhor modo é se presenteando com momentos de alegria: “Valorize sua vida pessoal. Encontre na rotina, um dia pra chamar de seu. Para estar com quem você aprecie a companhia. Onde você se abasteça de boas energias. Fazendo o que gosta, onde prefere e com quem quiser. Encontre no prazer o antídoto do estresse. Para cada conquista uma comemoração. Se permita  momentos de confraternização, dê créditos a quem lhe presta ajuda. Ofereça auxílio a sua equipe, trabalhe na reciprocidade”.

Ela aponta como tratamentos algumas medidas que refletem no estilo de vida e no cotidiano: “Faça planos a curto prazo, um dia de cada vez. Para cada meta, novas diretrizes. Busque atualização profissional e mantenha-se motivado para exercer suas funções, pois é melhor fazer o que gosta, do que ter que aprender a gostar do que faz. No entanto, se o seu estado mental já estiver muito comprometido, busque ajuda profissional. um psicólogo poderá lhe ajudar”.

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