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Publicado em 26/02/2019 - 8:11 am em | 0 comentários

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Pessoas da Terceira Idade compartilham mais notícias falsas

Fatores que contribuem para a vulnerabilidade dos idosos

Pessoas da Terceira Idade compartilham mais notícias falsas

Internautas com idade superior a 65 anos compartilham sete vezes mais notícias falsas do que aqueles com idade entre 18 e 29 anos. Essa foi a conclusão de um estudo das universidades Princeton e Nova Iorque, publicado na edição de janeiro da revista Science Advances. Os pesquisadores analisaram o perfil do Facebook de 3,5 mil internautas durante as eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos. A disparidade foi percebida mesmo entre pessoas de mesma orientação política.

“Podemos destacar ao menos dois fatores para explicar essa pesquisa. O primeiro é a baixa relação das pessoas de Terceira Idade com a tecnologia. Já o segundo é de ordem cultural, relacionado ao ambiente virtual”, avalia Alexsandro Ribeiro, professor de Jornalismo no Centro Universitário Internacional Uninter.

Em todas as redes sociais, como Facebook e WhatsApp, existe um ambiente específico, com cultura, fala e comportamentos próprios e diferentes da vida real. O professor explica que o processo de aprendizado desse mundo pode ser demorado, sobretudo para as gerações que não são nativas digitais. Por isso, os mais velhos estão mais vulneráveis a notícias falsas, a ataques de vírus e a armadilhas cibernéticas envolvendo doação de dinheiro ou contas bancárias.

No caso das notícias falsas, o professor ressalta que elas podem se apresentar sob diversos formatos: “As fake news variam de sátiras, com o objetivo de entreter seu público, até notícias fora de contexto e textos com fatos reais misturados a mentiras, com o objetivo de prejudicar ou desinformar”.

Para combater a disseminação de notícias falsas em toda a sociedade, sobretudo na Terceira Idade, Ribeiro recomenda algumas medidas. O primeiro passo é a elaboração de dispositivos legais que sejam duros ao responsabilizar quem produz e compartilha fake news.

Outro aspecto são atitudes preventivas que o próprio leitor pode tomar: “São procedimentos simples, como verificar se o texto apresenta erros de ortografia e se nomes de lugares e instituições foram grafados corretamente”. Ainda nessa etapa, o leitor pode checar a origem da informação e se foi publicada por outros veículos de comunicação conhecidos, que tenham credibilidade. Se o internauta continua em dúvida sobre a veracidade da informação, Ribeiro aconselha que a notícia não seja compartilhada.

Ele recomenda a retomada da confiabilidade dos meios de comunicação e da mídia pela sociedade de forma geral. Assim, veículos e jornalistas de credibilidade, que seguem metodologias rigorosas de apuração, ganharão força contra a desinformação.

O professor pontua que é necessário criar uma cultura de leitura crítica das notícias e dos meios de comunicação. Esse hábito deve ser desenvolvido na escola, para que o jovem já se forme sabendo navegar pelas mídias: “Independentemente da idade, nossas convicções não são réguas para medir se a notícia é verdadeira ou não. Ou seja, a realidade da informação não está no fato de concordarmos com ela ou não”.

O Centro Universitário Uninter tem sede em Curitiba/PR e já formou mais de 500 mil alunos. Hoje tem mais de 210 mil alunos ativos nos mais de 200 cursos ofertados entre graduação, pós-graduação, mestrado e extensão, nas modalidades presencial, semipresencial e a distância. Com mais de mil polos de apoio presencial, localizados em todo o território brasileiro, mantém cinco campi em Curitiba.

 

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