Marcha-à-ré nas exportações

Nelson Tucci

A Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, fez na semana passada um balanço de desempenho de junho, relativamente às vendas externas. Foram exportadas 19,4 mil unidades, número alvissareiro quando comparado com o mês anterior, maio (crescimento circunstancial de 400%), mas ruim se comparado a igual período do ano passado. Junho/20 contra junho/19 mostra um recuo de 52%.

Com a crise do novo coronavírus acertando em cheio a economia, as montadoras brasileiras estão muito cautelosas em fazer projeções. Para Luis Carlos Moraes, presidente da associação das montadoras, a se manter as atuais tendências de mercado, o Brasil deverá exportar um máximo de 200 mil unidades até o final deste ano. Confirmados tais números, o recuo será de 53%, comparando-se com as exportações do ano anterior.

Nunca é demais lembrar que, além da crise sanitária que levou ao fechamento de fábricas no país, durante o mês de abril, por exemplo, há outro impeditivo de performance com o nosso maior parceiro comercial no setor: a crise argentina, que teima em se espalhar pelos pampas.

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