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Publicado em 23/05/2017 - 10:29 am em | 0 comentários

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Estudo revela a perspectiva dos jovens em busca de estágio

Desafios enfrentados pelos candidatos diante da crise econômica

Estudo revela a perspectiva dos jovens em busca de estágio

O conturbado cenário econômico que o país atravessa nos últimos anos não só tem afetado o mercado de trabalho como também a confiança de milhares de jovens que buscam uma colocação profissional. Em vista disso, a Companhia de Estágios – consultoria e assessoria especializada em programas de estágio e trainee – lançou um estudo exclusivo que explora o impacto desse quadro sobre os candidatos a vagas de estágio e ainda revela os principais anseios e expectativas dessa parcela da mão de obra brasileira.

A pesquisa “O Perfil do candidato a vagas de estágios em 2017” contou com 2.193 entrevistados de todas as regiões do país, especialmente do Sudeste, que mantém a liderança desde o início do estudo, em 2016, concentrando mais da metade das respostas (60,9%), no entanto, houve um crescimento significativo de adesão da região Norte desde o último levantamento, que passou de 3,5% para 6,1%. Já a participação do Centro-Oeste caiu de 9,2%, em 2016, para 4,8% neste ano.

A maioria dos estudantes é do sexo feminino e pertence à faixa etária mais jovem, entre 18 e 20 anos. Mais de 90% cursam a faculdade no momento e grande parte ainda frequenta os primeiros semestres da graduação. Dentre as áreas do conhecimento, a participação dos alunos das áreas Biológicas dobrou no último ano, ultrapassando os 1 0%, mas os cursos de Humanas ainda representam a maior parcela dos resultados (43,8%).

Apesar dos diversos entraves, os jovens acreditam em uma mudança positiva do cenário atual e se mantém otimistas diante do mercado. Tanto é que a remuneração não é a maior preocupação neste momento e ocupa os últimos postos entre os objetivos dos candidatos (6,8%). Para eles o aprendizado está em primeiro lugar, com mais de 70% dos votos, seguido das chances de efetivação após a conclusão do estágio (18%). Dentre aqueles que já participam do programa de aprendizagem (13,6%), a meta principal é adquirir experiência profissional. Boa parte recebe até 1 salário mínimo como bolsa auxílio (23,2) e cerca de 40% deles alega estagiar sem bolsa para cumprir a exigência curricular. 52% desses estagiários consideram a experiência do programa produtiva, pois, através dela adquirem novas experiências e colocam em prática as matérias apreendidas em sala de aula. No geral, 76% buscam uma colocação profissional, dentre eles quase 60% estão à procura de uma oportunidade de estágio e apenas 17,3% estão interessados em qualquer oportunidade que surgir. Para esses jovens, atualmente o maior motivo de insegurança, durante o processo seletivo, é ter que demonstrar suas habilidades em pouco tempo (44%).

Apesar de estar quase empatada ao fator “indicação”, o crescimento da tecnologia como uma facilitadora nessa empreitada é indiscutível. O fato é que, mesmo a indicação tendo uma relevância de peso (23,6%), as ferramentas digitais já se consolidaram como um dos principais recursos na hora de buscar vagas (23,5%). A maioria dos entrevistados afirma recorrer ao auxílio de até cinco sites de recrutamentos distintos, no entanto, diferente do último levantamento, aqueles que utilizam dezenas de plataformas para buscar uma vaga quase dobrou. Outra mudança que merece destaque é em relação as redes sociais. O Facebook que figurava em primeiro lugar na preferência dos entrevistados, perdeu seu posto para o LinkedIn, uma plataforma mais voltada para interações profissionais.

Para 62,7% dos jovens o pior efeito da crise é a falta de oportunidades no mercado de trabalho, seguido pelo maior nível de exigência por parte dos recrutadores e o aumento da competitividade entre os candidatos – ambos ocupam o segundo lugar com 14,7% das respostas. Além disso, o cenário econômico desfavorável ainda provocou outros efeitos negativos que refletem na carreira dos estudantes, prova disso é que mais de 30% alegou não ter feito qualquer investimento em qualificações justamente por falta de recursos, e 43,4% tiveram que adiar os planos de aprimoramento do currículo, como cursos de idiomas e especializações. Mas, embora o panorama atual seja desafiador, 76,2% dos jovens estão otimistas em relação à crise e acreditam na recuperação do mercado muito em breve.

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