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Publicado em 13/04/2018 - 8:48 am em | 0 comentários

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Escola pública de Porto Alegre é a primeira a ter energia solar

Energia solar: economia na conta da luz e conquista do Selo Solar

Escola pública de Porto Alegre é a primeira a ter energia solar

A Escola Estadual de Ensino Médio José Luchese, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, está apostando na energia solar para continuar funcionando com qualidade. O investimento foi proveniente dos programas Nossas Comunidades Rurais e Alcançando a Redução do Trabalho Infantil pelo suporte à Educação (Arise), mantido pela JTI em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a ONG Winrock Internacional (WI), que possibilitou a instalação de 25 painéis solares de 315 watts cada um, com capacidade de geração média de 945 kw por mês, o que representa 80% da necessidade mensal da instituição de ensino.

Com a economia na conta da luz, antes paga pelo Governo do Estado, foi possível contratar uma professora para atender permanentemente os alunos em oficinas de música que acontecem no contraturno escolar, contribuindo para o combate ao trabalho infantil.

A iniciativa recebeu o Selo Solar do Instituto Ideal, uma certificação que reconhece o compromisso da instituição com a sustentabilidade por meio da aposta em uma energia renovável e de baixo impacto para o meio ambiente. Desta forma, atualmente a escola José Luchese é a primeira no país a ter este reconhecimento.

Há alguns anos, o Rio Grande do Sul investe na ampliação e implantação de micro usinas solares para a produção de energia. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica é o segundo Estado do Brasil que mais gera energia solar. Por isso, em 2016, o governo gaúcho em parceria com a Japan Tobacco International (JTI), indústria localizada em Santa Cruz do Sul, estendeu essa tecnologia ao EEM José Luchese, que se tornou a primeira escola estadual do Rio Grande do Sul a receber energia solar.

Ao que tudo indica a geração de energia a partir de painéis fotovoltaicos está em vias de ser implementada em larga escala. No segundo semestre de 2017, cerca de 40 escolas municipais brasileiras começariam a fazer uso da energia solar com recursos de emendas parlamentares incluídas no Orçamento da União.

Os bons resultados no EEEM José Luchese levaram a JTI a começar, em dezembro, o projeto de energia solar em outras três escolas públicas: Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Jovino Fiuza, de Arroio do Tigre, EMEF Geralcino Dornelles, de Sobradinho, e EMEF Luiz Augusto Colombelli, de Ibarama.

“Uma preocupação constante para quem realiza uma ação social é a sua sustentabilidade. Queremos expandir o programa de energia solar no estado”, relata o diretor de Assuntos Corporativos e Comunicação da JTI, Flavio Goulart.

Ele destaca que para investir na sustentabilidade e na autonomia dos produtores na gestão dos avanços obtidos, o Programa tem apostado no envolvimento de parceiros externos que fortaleçam a credibilidade de tudo que vem sendo feito. O projeto Fotovoltaico está neste âmbito: com a economia conquistada, o Estado e Municípios passam a financiar os educadores que ministram as oficinas para as crianças e jovens.

Consumir eletricidade produzida a partir do sol é uma atitude inovadora, em 2018, tomada por algumas empresas no Brasil. O número de sistemas fotovoltaicos dobrou no último ano, alcançando cerca de 20 mil em todo o Brasil, segundo dados da Aneel. O custo das tecnologias de conversão de energia solar em elétrica vem reduzindo conforme o aumento da demanda. Para que as empresas que hoje já apostam na energia do futuro possam ser reconhecidas pelos seus consumidores, o Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas para a América Latina (Ideal) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) lançaram o Selo Solar, com o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e do Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW). Com isso, as instituições esperam também incentivar que novos projetos sejam colocados em prática no país. Desde 2015, o WWF-Brasil também apoia a iniciativa.

No Brasil, o Arise começou a ser desenvolvido em fevereiro de 2012. Os esforços se concentraram nos municípios de Arroio do Tigre, Ibarama, Lagoa Bonita do Sul e Sobradinho. As escolas públicas desses municípios se tornaram os pontos de referência do Programa para o envolvimento com as comunidades. Mesmo que as crianças frequentassem a escola, muitas vezes, após o período escolar, acabavam trabalhando nas propriedades. O desafio lançado foi o de, por meio da colaboração, inspirar oportunidades que criassem novas tradições, com impacto sustentável e de longo prazo. Em 2017, por meio da JTI, foi estabelecida a parceria com a Organização Internacional de Empregadores (OIE) para compartilhar a experiência do Arise na modalidade das melhores práticas com mais de 150 empresas e organizações de membros e empregadores. O Programa também passou a fazer parte do grupo técnico de trabalho da iniciativa internacional. Além disso, escolas que integram o Arise receberam apoio de organizações, como Unicef, World Vision e a Fundação para a Irrigação e o Desenvolvimento Sustentável. No Brasil, no período de 2012 a 2016, o Arise assegurou, segundo iniciativas de avaliação externa feitas por instituições como Universidade de Santa Cruz (Unisc) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), que:

. 2.233 professores receberam treinamentos;

. 658 mães foram envolvidas nas capacitações;

. 174 jovens tiveram oportunidades de qualificação;

. 22 escolas participaram do Programa;

. 3.180 crianças matriculadas regularmente na escola e incluídas no Programa;

. 46.117 pessoas participaram dos eventos de conscientização, foram alcançadas pelo programa de rádio e por outras atividades.

A Japan Tobacco International é membro do Grupo de Empresas Japan Tobacco (JT), uma das líderes internacionais de produtos de tabaco, com sede em Genebra, na Suíça, que fabrica e vende algumas das mais conhecidas marcas de cigarro do mundo, Winston e Camel.

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