Edição 350Março 2024
Sábado, 20 De Abril De 2024
Editorias

Publicado em 8/11/2017 - 7:37 am em | 0 comentários

Leila Penteado/Divulgação

159 filmes de 34 países na programação do 25° Festival Mix Brasil

Liniker e os Caramelows: abertura do evento no dia 15

159 filmes de 34 países na programação do 25° Festival Mix Brasil

O Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade comemora a sua 25° edição, de 15 a 26, como o maior evento cultural sobre a diversidade sexual da América Latina e um dos maiores do planeta. A direção artística é de João Federici, que programou para a abertura, no dia 15, às 16 horas, o show da cantora Liniker e os Caramelows, na plateia externa do auditório Ibirapuera. O grupo apresentará as músicas que compõem o disco Remonta, como “BoxÔke”, “Tua”, “Sem Nome, mas com Endereço” e “Ralador de Pia”, além dos hits clássicos do EP “Cru”, como “Caeu”, “Zero” e “Louise du Brésil”, que entram no show “remontados”.

A exibição do longa inédito em São Paulo “Me Chame Pelo Seu Nome” (Itália/França/Brasil/EUA), do diretor italiano Luca Guadagnino, completa a abertura em uma sessão para convidados. Na obra, premiada no Festival de Melbourne (Austrália) e selecionada para os Festivais de Sundance (EUA), Berlim (Alemanha) e Toronto (Canadá), um pesquisador americano (Armie Hammer) se envolve com um jovem europeu (Thimothée Chalamet), filho do casal que o recebe na Itália.

Em 2017 o Festival Mix Brasil apresenta 159 filmes de 34 países. Na programação internacional estão alguns títulos indicados por seus países a uma vaga para Oscar 2018. São eles: “Conversa Fiada” (Taiwan) de Hui-chen Huang, “Thelma” (Noruega) de Joachim Trier, “Tom of Finland” (Finlândia) de Dome Karukoski e os “Os Iniciados” (África do Sul) de John Trengove.

Para completar, produções exibidas em grandes festivais ao redor do mundo, como: “God’s Own Country” (Reino Unido) de Francis Lee, “Sonho em Outro Idioma” (México/Holanda) de Ernesto Contreras, “As Histórias Não Contadas de Armistead Maupin” (EUA) de Jennifer M. Kroot, “Close-Knit” (Japão) de Naoko Ogigami, “Crepúsculo” (Islândia) de Erlingur Thoroddsen, “Os Objetos Amorosos” (Espanha) de Adrián Silvestre, “Santa & Andrés” (Cuba/França/Colômbia) de Carlos Lechuga e “Discreet” (EUA/Brasil) de Travis Mathews que estará presente na sessão.

O cineasta americano Gus Van Sant é o homenageado desta edição do Festival. Ele vem ao Brasil para receber o troféu “Ícone Mix” pelo conjunto de sua obra e participará da abertura do 2ª Mixlab SPCine no dia 17, às 11 horas, na sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo, em um encontro aberto ao público (mediante inscrição via site do festival).

Van Sant terá uma retrospectiva no Mix Brasil com a exibição de títulos de sua cinematografia, como o primeiro longa, “Mala Noche” (1985), “Garotos de Programa” (1991), Até as Vaqueiras Ficam Tristes (1993), Um Sonho Sem Limites (1995), Elefante (2003) e Milk: A Voz da Igualdade (2008).

O MixLab Spcine é um encontro entre realizadores das mostras competitivas e outros profissionais do cinema brasileiro e estrangeiro que visa promover o intercâmbio de experiências e relações profissionais, através de apresentações, palestras e debates.

O encontro inclui mesas que discutirão temas como curadoria, distribuição, olhar fotográfico, cinema de inclusão e produção cinematográfica em São Paulo, e conta com convidados como os curadores Magali Simard (Toronto), Pavel Cortés (Guadalajara) e Maria Abdalla (Goiânia Mostra Curtas), o diretor executivo da Spcine Renato Nery, Tammy Weiss, da São Paulo Film Commission, os realizadores Travis Mathews, Esmir Filho e Carol Rodrigues e os fotógrafos Flora Dias e Bruno Risas, entre outros palestrantes.

No circuito nacional, o festival premiará com o Coelho de Ouro o melhor longa-metragem brasileiro. Os doze selecionados são “A Filosofia na Alcova”, de Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez (SP), “A Moça do Calendário”, de Helena Ignez (SP), “Alguma Coisa Assim”, de Esmir Filho e Mariana Bastos (SP), “Aos Teus Olhos”, de Carolina Jabor (RJ), “Berenice Procura”, de Allan Fiterman (RJ), “Casa da Xiclet”, de Sofia Amaral (SP), “Guigo OffLine”, de René Guerra (SP), “Intimidade Pública”, de Luciana Canton (SP), “Luana Muniz – Filha da Lua”, de Rian Córdova e Leonardo Menezes (RJ), “Meu Nome É Jacque”, de Angela Zoé (RJ), “Música para Quando as Luzes se Apagam”, de Ismael Caneppele (RS), “Serguei, O Último Psicodélico”, de Ching Lee e Zahy Tata Pur’gte (PA).

No Mix Brasil os curtas-metragens nacionais concorrem ao Coelho de Ouro e Prata em diversas categorias. Este ano foram selecionados 20 filmes que estão representando as cinco regiões do Brasil. São eles: “Afronte”, de Bruno Victor e Marcus Azevedo (DF), “Ainda Não”, de Julia Leite (SP), “Aquela Estrada”, de Rafael Ramos (AM), “Cachorro”, de Gustavo Vinagre (SP), “Dandara”, de Flávia Ayer e Fred Bottrel (MG/CE), “Estamos Todos Aqui”, de Chico Santos e Rafael Mellim (SP), “Inocentes”, de Douglas Soares (RJ), “Luiza”, de Caio Baú (PR), “Minha Única Terra é na Lua”, de Sergio Silva (SP), “Na Esquina da Minha Rua Favorita com a Tua”, de Alice Name-Bomtempo (RJ), “Namoro à Distância”, de Carolina Markowicz (SP), “O Porteiro do Dia”, de Fábio Leal (PE), “O Quebra-Cabeça”, de Sara de Allan Ribeiro (RJ), “Pele Suja Minha Carne”, de Bruno Ribeiro (RJ), “Sam”, de Miguel Moura (RJ), “Stanley”, de Paulo Roberto (PB), “Tailor”, de Calí dos Anjos (RJ), “Vaca Profana”, de René Guerra (SP), “Vando Vulgo Vedita”, de Andréia Pires e Leonardo Mouramateus (CE), “Vênus-Filó a Fadinha Lésbica” de Sávio Leite (MG).

Diversas atrações que envolvem teatro, dança, músicas e novos talentos (Cantores, Coreografias e Drag Queens) completam a programação do Festival Mix Brasil. O “Dramática em Cena” traz os espetáculos “Processo de Conscerto do Desejo”, dirigida e protagonizada por Matheus Nachtergaele, “Rituals for Change”- performance ao vivo que explora mudanças, transição de gênero e identidade trans e “Desmesura” – terceiro espetáculo do Teatro Kunyn inspirado livremente na vida do dramaturgo argentino Raul Taborda Damonte, o Copi.

Outra atração musical deste ano é o show da cantora trans, negra e periférica “Danna Lisboa” com a abertura de “Saint-Hills” no dia 17, às 19 horas, no Centro Cultural São Paulo.

O público infantil e juvenil, de 8 a 15 anos, não ficará de fora. Alunos de Ongs participarão da oficina “Fazendo Cinema – Crescendo com a diversidade”. A atividade contará com exibição de filmes voltados para esta faixa etária e permitirá que os próprios alunos editem uma obra audiovisual.

O tradicional Show do Gongo, onde realizadores desapegados apresentam seus vídeos de até 5 minutos para julgamento do público e da Marisa Orth, acontece no dia 19 a partir das 20 horas no Centro Cultural São Paulo com entrada gratuita.

A 3ª Conferência Internacional [SSEX BBOX] & Mix Brasil traz atrações nacionais e internacionais com foco no combate à violência e nas questões que envolvem a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros, queer, intersexo e assexuais (Lgbtqia+). Entre os convidados confirmados, está a participação do sociólogo francês Sam Bourcier, a performer norte americana Twiggy Pucci Garçom, a ativista trans e educadora inglesa Emma Frankland, a escritora brasileira Natalia Borges Polesso, a YouTuber Helen Ramos do canal Hel Mother, entre outros.

O 25° Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade acontece no CineSesc, Espaço Itaú Augusta, Centro Cultural São Paulo, Museu da Diversidade, Auditório Ibirapuera e circuito Spcine. O evento é uma realização da Associação Cultural Mix Brasil, Ministério da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, com apoio da  Lei de Incentivo à Cultura.

Os ingressos deverão ser retirados com uma hora de antecedência, exceto o Show do Gongo que de verá ser retirado com duas horas de antecedência. A programação completa está em www.mixbrasil.org.br

Responder